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Da Família Terrestre para a Família Cósmica

Da Família Terrestre para a Família Cósmica

De Vera Pedrosa (verapedrosa@terra.com.br) – Setembro/2006


Dentre os conceitos fundamentais do processo de Evolução Mental está o de Família Cósmica. A visão de pertencer a uma família que se distribui por todos os Universos dá uma nova dimensão ao indivíduo, trazendo para ele uma consciência de eternidade.

A Família Terrestre – Os familiares consangüíneos você identifica pelos traços fisionômicos, origem cultural, raça, nomes e sobrenomes. Eles se parecem com você, pertencem à sua Árvore Genealógica – real ou imaginária. Nos laços de sangue, a história é recente e facilmente resgatada. Numa única reunião familiar você remonta a estrutura remota acessível, que pode corresponder a 100, 200, 300 anos atrás.

Mas como resgatar uma memória de estrutura familiar que volte no tempo 1000, 10000, 1 milhão de anos? E que família é esta que após tanto tempo ainda pode ser identificada? Estamos falando de um conceito evolutivo, que implica em aceitar o parentesco de pessoas por laços energéticos, cósmicos, eternos, que não se desatam nem por disputas, nem por distâncias, nem por esquecimentos ou decepções. Uma união assim tão forte, acima do bem e do mal, do tempo e do espaço, só pode ter uma origem mágica, cósmica, quase mística.

Uma Explosão de Luzes – Tudo começa com o Verbo e a vontade divina explodiu em infinitas centelhas de consciências iluminadas – puras luzes de Deus. E essas frações divinas reproduziam todas as qualidades e poderes divinos, trazendo em si as potencialidades da essência feminina e masculina. E ainda cumprindo a vontade divina, o impulso cósmico, cada uma das frações também se desdobrou e se ramificou por todos os Universos e se fracionaram e se dividiram, até gerarem essências masculinas separadas das essências femininas. E também cada uma dessas se dividiu como numa dança mágica em que todos se expandem ao máximo e depois se reúnem, refazendo o caminho que leva à origem. Neste retorno vão encontrando seus pares, da forma como foi previamente definido pela vontade maior.

E assim nos perdemos e assim nos reencontramos e, independente dos laços sangüíneos, nos unimos a pessoas de forma irresistível, como se obedecêssemos a um plano superior. E assim é. Quantos há que não se reconhecem na família em que nasceram e mais tarde encontram pessoas que “adotam” com suas famílias, como se fossem pais, irmãos, tios, etc. São amigos, amores, colegas de trabalho, parentes preferidos. Às vezes são personalidades locais, nacionais, mundiais que atraem nosso carinho, como se pudessem ser nossos filhos, pais, mães, irmãos – como se pudessem ser da nossa família. E tantas famílias há que ao longo do tempo e das gerações vão incorporando pessoas que se agregam e passam a ser considerados “da família”, e muitas vezes o são mesmo.

O Eu Superior – Então, na medida em que evoluímos, os membros das mesmas famílias cósmicas vão se encontrando, fazendo juntos o caminho de volta, em direção às suas essências originais, às frações cada vez maiores de sua origem divina, reencontrando essas unidades bipolares de consciência (Eus Superiores). Cada Eu Superior traz as potencialidades feminina e masculina – yin e yang – negativa e positiva da energia. Cada polaridade se desprende, se desdobra em múltiplas faíscas de consciência, que vão se localizar em diferentes pontos do Cosmo, seus Pontos de Origem para o início da caminhada evolutiva. Não importa para onde foram seus desdobramentos – o Eu Superior jamais perde a ligação com suas partículas e fragmentos, ele tem o registro de todas as suas existências, de todos os pensamentos e de todas as ações de cada um deles.

Somos puros quando nos desprendemos do Eu Superior, pura essência luminosa. A partir do momento em que nos individualizamos na matéria vamos perdendo a memória e a pureza da experiência divina, e isto também faz parte do Plano. Nosso desafio é nos purificarmos para que ressurja a essência original. Para isto é preciso uma conexão cada vez mais perfeita com as emissões enviadas pelo Eu Superior.

São muitos os obstáculos para nos sintonizarmos com o Eu Superior. Temos sete camadas da aura que precisam estar harmonizadas, alinhadas com esta luz. Vencer, superar cada um desses obstáculos é tarefa de vidas e vidas, trabalho árduo diário de aprender e evoluir a partir de cada experiência que a matéria nos proporciona. A evolução mental pode ser resumida como este processo de diariamente se iluminar interagindo com a matéria. Transformar a matéria em luz, sutilizar cada porção bruta que carregamos ao longo de tantas existências.

Enquanto não nos sintonizarmos com o Eu Superior é como se viajássemos sozinhos, sem ter com que conversar, sem ter quem orientar ou aconselhar na viagem ao desconhecido. Após nos conectarmos, ganhamos um mapa, um guia e os recursos necessários para esta viagem cósmica em direção à família original. Mais que isso, não estamos mais sozinhos. A cada dia encontramos mais e mais companheiros de viagem que nos atraem e são atraídos para nossa companhia. Se antes estávamos num vôo cego, sem saber para onde o destino nos levava, repentinamente intuímos, descobrimos, temos certeza do destino e confiamos numa chegada segura.

O contato com o Eu Superior nos devolve a verdadeira identidade, a exata freqüência que caracteriza nossa individualidade, nossa marca no Universo.

Quem são as Pessoas Iluminadas? – Cabe esclarecer esta questão de fazer parte de uma mesma fração de luz. Quem são os iluminados? Todas as pessoas vieram da luz, mas será se todas voltarão para ela?

É comum as pessoas discriminarem e considerarem destituídas de luz aqueles que pautam suas vidas com práticas criminosas, cenas de violência e formas variadas de degradação moral. Será se os criminosos também têm origem divina, essência luminosa? Realmente é muito difícil vermos pessoas assim e vislumbrarmos luz, verdade e amor nelas. Porém elas estão no mesmo caminho evolutivo que todas as outras, com menor ou maior consciência. Em etapas diferentes da caminhada, mas caminhando. É este o destino de todos: voltar para a luz, expressar plenamente sua essência luminosa.

Quando ouço falar da Síndrome de Estocolmo, aquela em que as vítimas de seqüestro criam uma simpatia pelo seqüestrador, chegando às vezes a defendê-los, penso que no meio das trevas do sofrimento por que passam elas conseguem enxergar a possibilidade de luz do outro.

Mas tanto a dificuldade de expressar a luz quanto a dificuldade de vislumbrar a luz do outro fazem parte do processo evolutivo. Felizmente a cada dia são oferecidas oportunidades para este treinamento e assim vamos nos aperfeiçoando. Os primeiros passos são os mais difíceis, mas quando nos determinamos a fazer a caminhada, cada dia fica mais fácil descobrir as soluções para tantos desafios.

As facilidades que vamos encontrando ao longo do caminho evolutivo são geradas pela inspiração enviada pelo Eu Superior e pelos encontros com nossos familiares cósmicos, que intuitivamente nos ajudam com informações, recursos, companhia, conselhos, muitas vezes sem saber que fazem parte do mesmo pedacinho iluminado de onde viemos.

Reconhecendo a Família Cósmica – A cada estágio evolutivo encontramos mais integrantes de nossa Família Cósmica, simplesmente porque os atraímos e os reconhecemos. E como se dá esse reconhecimento, se não há sinais externos que os identifiquem conosco? Na verdade tudo acontece por sinais internos. Internamente, intuitivamente sentimos que estamos na presença de um igual, mesmo que externamente ele seja muito diferente.

E não importam fatores como sexo, idade, nacionalidade, condição sócio-econômica, etc. Simplesmente sentimos, intuitivamente sabemos.

Hoje, com o avanço tecnológico, é possível mapear nossas famílias através das fotos da aura. Um bom analista pode identificar traços energéticos que indiquem o grau de parentesco cósmico entre as pessoas cujas auras sejam registradas.

Os laços cósmicos de parentesco não são como os consangüíneos, onde nos sabemos pais, filhos, avôs, netos, primos e tios. Os parentescos cósmicos falam em Partículas, Fragmentos, Almas Gêmeas e de outros pedacinhos iluminados nascidos da mesma essência ou do mesmo Eu Superior.

Caso não tenhamos acesso à tecnologia específica que possa ajudar na identificação desses parentes cósmicos, uma boa opção é passar a ouvir melhor, prestar mais atenção, priorizar mais as pessoas que entram na nossa vida no cotidiano. São comerciantes, motoristas, empresários, alunos, colegas do filho, da mulher ou do marido. São os estressados e estressantes vendedores, os atendentes de SAC, os agentes de tele-marketing e os bancários, policiais, padres e pastores. Ouvir com toda a calma, olhando nos olhos, os idosos e as crianças muito pequenas, os pedintes e também os adultos que falam alto demais e os adolescentes que não querem nos ouvir.

Enquanto observamos com a mente, devemos procurar sentir com o coração. Dessa forma vamos refinando a intuição. Ao longo de um tempo nos especializamos não só em saber que tem energia compatível com a nossa, mas começamos a fazer combinações de algumas pessoas com outras das quais guardamos na memória as impressões energéticas que nos causaram. Esta identidade energética é a freqüência vibracional de cada um. Cada um tem a sua individualidade e ao mesmo tempo sua identidade com um grupo de consciências que trazem desde sempre uma mesma marca sutil e que quando conseguimos encontrá-las formamos com elas uma luz única, que nos ilumina, aquece, conforta e ensina o caminho de volta para a Plenitude Divina.

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