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Uma visão de mundo

Uma visão de mundo

– Sob a ótica das probabilidades –

De Virginia Bernardes  (vigb2012@yahoo.com.br) – em setembro de 2011

Nos tempos atuais o pensamento científico parece estar num momento de turning point: se continuar decartiano, aferrado às metodologias e protocolos de pesquisa decorrentes dessa corrente de pensamento, poderá enrijecer-se ao ponto de romper drasticamente sua estrutura.

O problema é que na maioria dos grandes centros acadêmicos do mundo o pensamento científico é materialista, compartimentado, corporativista e submetido a interesses os mais diversos.

Isso faz com que a ciência caminhe para onde querem os países mais desenvolvidos, mais ricos e que, de certo, são os gerentes da submissão dos povos das nações em desenvolvimento. Não existe ciência livre, isso é utopia. Isso quer dizer que a pesquisa é quase que inteiramente dirigida à manutenção da servidão humana. “Casa Grande e Senzala” em nível planetário.

Por outro lado, se os cientistas e seus centros de pesquisa realizassem concretamente na sua prática diária, o que a Física Quântica propõe, todo o paradigma científico deveria ser transformado.

Sendo assim, para que a mudança desse paradigma ocorresse, seria necessário que a visão de mundo de seus agentes, os cientistas, se transformasse radicalmente.

O rigor da mente científica que estuda, investiga e busca a verdade aliada a uma consciência expandida, inclusiva, aberta a outras formas de manifestação da existência, do inusitado, seria um bom começo, como também seria importante, o olhar desimpregnado de preconceitos, dogmas e convenções.

Esse novo ramo da física que estuda entre outras coisas, as probabilidades, a alternância entre matéria e energia, as inter-relações entre observador e observado, a existência concomitante de múltiplas dimensões, aponta também para uma nova visão de mundo e da existência, nas quais a consciência do todo, e da interligação entre a matéria e a energia são os fundamentos.

Essa nova forma de compreender a vida está diretamente ligada a um movimento de expansão interna e externa, pois não há como continuar pensando, sentindo e fazendo como há 10 anos. A vida é outra, o mundo também.

Todos os conceitos estão sob a influência desse novo paradigma. E isso não pode aninhar-se apenas nas longínquas formulações teóricas dos nossos homens da ciência, pois esse conhecimento é o que sustenta a nossa existência cotidiana apesar de termos ignorado-o até então.

A abertura da mente para a percepção com a recepção e extensão do novo se faz necessária. A generosidade em socializar esse conhecimento também. Isso nos religa à fonte de todo esse Saber que ora nos é propiciado. Isso nos liberta do jugo da manipulação, pois nos aponta para as várias possibilidades de compreensão da vida e de seus fenômenos.

Cabe aos cientistas o papel de explicar e tornar possível o seu proveito a todos, pois isso a todos pertence, é um patrimônio cósmico.

Só quando os homens da ciência assim compreenderem o seu papel nesse planeta poderemos dizer que estamos a caminho da nossa realização como humanos pertencentes à classe de seres realmente evoluídos.

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