Postado por Antônio Carlos Tanure
Como me tornei uma paranormal
De Eliane do Canto (elianedocanto@yahoo.com.br) – Agosto de 2009
Sempre fui cética, embora minha família fosse espiritualizada. Como jornalista, atuando tanto em jornal quanto em rádio, sempre foi aquela estória: tem que provar. Sabe como é, né? Tem que mostrar tem que ver, nada de ficar enrolando, não….Ainda mais prá jornalista, que estava corriqueiramente acompanhada de um fotógrafo para registrar os fatos…Homenzinhos verdes? Eu hein?
Agia assim no trabalho, mas em casa… Minha mãe conversava com uma porta e, pasme, a porta obedecia ao comando dela, quando ela pedia: fecha! Abre! Paranormalidade era assunto do almoço aos domingos, além do futebol e política, é claro. Tinha um tio que vivia dizendo que havia visto uma nave espacial na estrada, toda cheia de luzes coloridas que giravam e que a nave o acompanhava sempre que ele ia a Santa Maria, cidade do Interior do RS, visitar a família. Ele ria e chamava aquele objeto voador de “mimalho”. Pior. Outras pessoas da família, quando o acompanhavam na viagem, também viam o disco voador, que sempre estava aguardando a passagem do carro do meu tio parado em algum lugar da estrada.
Mas eu imagina! Mente cartesiana, sempre dizia aos meus familiares: tá legal, isso acontece com vocês, mas comigo nem pensar…Não tenho nenhuma paranormalidade. E não existem essas coisas! Mas era só dormir e lá estava a nave espacial no meu sonho e eu voando ao redor dela. Claro que não contava isso prá ninguém, achava maluquice.
Os anos foram passando até que um dia, a convite de um colega de trabalho, fui assistir a uma palestra do Projeto Portal em agosto de 2002. Nunca mais perdi uma palestra. Na minha segunda viagem à fazenda no MS-BR estávamos – eu e mais duas colegas – fazendo um trabalho em um local da fazenda chamado “Platozinho do Intra”.
De repente, um objeto dourado redondo, tipo uma nave espacial, porém bem menor, tinha uma bola redonda dourada escura, tipo bronze, girando sempre sentido horário e um anel ao seu redor, assim como Saturno, girando anti-horário. Aquele troço nos acompanhou o tempo todo, desde quando chegamos nas Marcas, outro local da fazenda Projeto Portal. No Platozinho, o objeto ia e vinha diversas vezes, até que chegou bem próximo a nós, ficando a uns 20 metros, um pouco acima da copa das árvores. Fui à direção dele, que estava parado. Fiquei ali, olhando até que a sonda (hoje sei que era uma sonda) movimentou-se novamente e eu continuei andando….Infelizmente desrespeitei uma norma de contato, mas na época sequer sabia disso: quando um objeto ou um ser caminha, devemos parar. Se eles param, devemos caminhar. A sonda desapareceu.
Mas aí veio a Páscoa de 2004 e, por trabalhar na época em uma emissora de rádio, não pude ir à fazenda do MS-BR naquele feriadão. Na tarde de sexta-feira santa, em casa, estava conferindo emails no computador, quando de repente um homem, vestido com uma túnica branca estilo militar, com galões, gola padre e cinturão com fivela dourada, cabelo castanho bem claro e duas entradas na testa, passou na minha tela mental. Fiquei intrigada, achei estranho. Mas vi o homem com muita clareza.
À noite, ao deitar, começou a cair no meu quarto uma chuva de prata. De repente, na ponta da cama em direção ao teto, um estalo e forma-se uma meia de seda ovalada, e começam a sair dali flashes de luzes. Fiquei maravilhada, nossa aquilo acontecendo comigo! Adormeci, depois de horas presenciando aquele fenômeno. No sábado de aleluia ocorreu a mesma coisa, no domingo de Páscoa também…Estas luzes, uma bolas transparentes coloridas e que emitem flashes, me acompanham até hoje. Mudei de casa e tudo continua igual. A pessoa que mora no meu antigo apartamento vive dizendo que ali tem muita energia, que é bom ficar em casa…
Pois é. Quem diria. Eu, que sempre negava e afirmava que não tinha nenhum dom diferente além dos cinco sentidos. Para uma ex-cética, confesso que tenho vivido experiências indescritíveis desde que me integrei ao Projeto Portal.