Postado por

Despertar Da Consciência Cósmica

Despertar Da Consciência Cósmica

De Ricardo Bastos Vieira da Cunha (ricardobvc@yahoo.com.br) – Dezembro/2006


De acordo com a Bíblia, em Gênesis Capítulo 1, Versículo 26, disse Deus:
“Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco. Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais domésticos e selvagens e sobre os animais que se arrastam pelo chão”.

Analisando este Versículo com um olhar crítico, e não religioso, somos levados a pensar que Deus possa ser um homem já de barbas brancas e longas, afinal de contas, quantos milhares de anos já se passaram desde que Ele nos criou? Mas será mesmo que devemos pensar desta forma?

Para que possamos chegar próximos a entender o que é Deus e suas criações, primeiramente devemos fazer um esforço para termos uma mínima idéia do que é o Universo que pensamos conhecer. Este é um caminho em busca do despertar da consciência cósmica.

Conforme a “ciência atual”, a Terra faz parte de um Sistema Solar que possui apenas 9 planetas, com 57 satélites no total de 68 corpos celestes, apesar dos Sumérios alegarem que existem 12 planetas em nosso Sistema Solar… A “grosso modo”, em relação a outros astros do Sistema Solar, a Terra possui um volume 49 vezes maior que o da Lua, e 1.300.000 vezes menor que o do Sol. É preciso que tenhamos noção de sua pouca importância diante do restante do Universo.

Nosso Sistema Solar faz parte de uma pequena Galáxia conhecida por Via Láctea, um aglomerado de aproximadamente 100 bilhões de estrelas, com pelo menos 100 milhões de planetas, e conforme os astrônomos, no mínimo 100 mil com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a nossa.

As últimas observações do telescópio Hubble, elevaram o número de Galáxias conhecidas para 50 milhões. Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um Quasar (possível ninho de Galáxias) com a luminosidade correspondente a um quatrilhão de sóis.

É no mínimo estranho que após esta monumental obra inteligente, Deus tenha colocado em um planeta que representa um ínfimo grão de areia, sua grande criação, o homem, feito conforme a sua imagem e semelhança.

Nosso grande irmão e amigo Jesus Cristo há aproximadamente 2000 anos passou em forma de parábolas, vários conhecimentos intelectuais e morais, devido ao seu grande estado evolutivo, quando em missão entre nós, confiada pelo Criador afirmou:

“Na casa de meu Pai há muitas moradas, e eu vou preparar um lugar para vocês. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito.” João 14:2.

Se tomarmos como verdadeira a hipótese de que a Bíblia é a palavra de Deus, qual é a imagem correta do nosso Criador?

Talvez o segredo para entender Deus não esteja no exterior, mas sim no nosso interior. Neste momento torna-se importante duas perguntas: o que nós somos e quem somos nós? As duas perguntas parecem ter o mesmo significado, mas não são.

O homem age, pensa e sente de uma determinada forma, e para saber a razão disto, precisa conhecer-se energeticamente, saber que tipo de influência exerce no meio e como é influenciado, não só pela própria energia, como pela dos outros, e também pela energia de tudo que se encontra à sua volta (Universo).

Para mantermos este nível energético equilibrado, é necessário que, em primeiro lugar, procuremos nos conhecer e nos avaliar.

Conhecer as falhas e aprender como lidar com elas da melhor forma, evita a ruptura abrupta deste equilíbrio, centralizando emoções e desta forma mantendo-se em harmonia consigo mesmo, com as pessoas e o meio ambiente em volta, com isto possibilitando sempre uma renovação através de trocas energéticas.

Vivemos em tempos conturbados, onde não temos tempo se quer para nossos familiares. Passamos a maior parte do tempo trabalhando para pagar contas. O estresse é diário. Sem falar nos momentos em que ficamos interagindo com problemas que não são nossos. Diante deste cenário caótico, deixamos pouco tempo para dedicar à nossa evolução interior, ao despertar da nossa verdadeira essência, da nossa verdadeira consciência cósmica.

Quando o homem compreender melhor a si mesmo, compreenderá não só a si, mas compreenderá quem realmente foi Jesus Cristo, compreenderá o Todo, o Universo, e também a Deus.

Contudo, é tarefa de cada leitor buscar o (re)encontro consigo mesmo. Auxiliando esta tarefa, faremos uma breve viagem até a Gallerie dell´Accademia, em Veneza, Itália, para assim, analisarmos uma das mais famosas pinturas de Leonardo Da Vinci, chamada de “Homem Vitruviano”.

Criado em 1490, no século XV, Leonardo Da Vinci pintou o “Homem Vitruviano” baseado em uma famosa passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio (aproximadamente 70 a.C .).

Tal pintura é considerada como um símbolo da simetria básica do corpo humano, e, para extensão, um dos símbolos da simetria do Universo como um todo.

Neste momento, torna-se importante citar um dos sete princípios de Hermes Trimegistro:

“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está encima”.

Sendo assim, a simetria e perfeição não são somente humanas, mas sim Cósmicas. Há uma equiparação entre o “céu” e a “terra”.

Examinando a pintura, podemos perceber que, de acordo com a combinação das posições dos braços e pernas, realmente se acredita em quatro posições diferentes. As posições com os braços em cruz e os pés são inscritas juntas no quadrado. Por outro lado, a posição superior dos braços e das pernas é inscrita no círculo. Isto ilustra o princípio que na mudança entre as duas posições, o centro aparente da figura parece se mover, mas de fato o umbigo da figura, que é o verdadeiro centro de gravidade, permanece imóvel.

Importante ressaltar neste momento, que se analisarmos o lado energético do corpo humano, no umbigo há um chakra chamado de chakra umbilical, o qual, além de outras tarefas, possui a tarefa de controlar nossa vitalidade. É o chakra que é trabalhado para acelerar e expandir todo nosso campo vibracional. Ao se acelerar o chakra umbilical, são acelerados todos os meridianos, os estímulos e as freqüências cerebrais, nos protegendo contra energias negativas, acelerando inclusive o processo de auto-imunização.

Retornando ao Homem Vitruviano, podemos ainda verificar que: 
a) Um palmo é a largura de quatro dedos; 
b) Um pé é a largura de quatro palmos; 
c) Um antebraço é a largura de seis palmos; 
d) A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos); 
e) Um passo é quatro antebraços; 
f) A altura da orelha é um terço da longitude da face; 
g) A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem; 
h) A distância do topo da cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem; 
i) A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem; 
j) A distância do topo da cabeça para os mamilos é um quarto da altura de um homem; 
k) A largura máxima dos ombros é um quarto da altura de um homem; 
l) A distância do cotovelo para o fim da mão é um quinto da altura de um homem; 
m) A distância do cotovelo para a axila é um oitavo da altura de um homem; 
n) A longitude da mão é um décimo da altura de um homem; 
o) A distância do fundo do queixo para o nariz é um terço da longitude da face; 
p) A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face; 
q) A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele.

O ser humano é uma criação divina. Somos perfeitos, e para tanto, nossa função no Cosmos é muito mais profunda e bela do que muitos imaginam. Cada milímetro do nosso corpo foi infinitamente bem elaborado pelo Criador. Não estamos neste plano por acaso. Temos muitas responsabilidades, e uma delas é conhecer a nós mesmos, ou seja, descobrir nosso Deus interior, nosso verdadeiro Eu, acessando assim, outras esferas. Isto é despertar, é evolução.

Um dia o Universo foi criado. Neste momento não importa sua crença, ou seja, se o Universo foi criado através do Big Bang, seja através de um passe de mágicas… Fato é que o Universo foi criado e, de alguma forma, interagimos com ele.

Mas qual será a dimensão desta criação? Mal conseguimos obervar a décima parte do Universo quando olhamos para o céu, como podemos então concluir que somos quem somos? Neste momento, podemos ter uma ligeira visão e compreensão das criações de Deus. Mas será que temos consciência de tudo isto?

Saber reconhecer que não vivemos apenas em uma casa, a qual, na maioria das vezes têm cercas e muros altos, já é um grande passo. Fomos “doutrinados” a defender a propridade privada com unhas e dentes. Mas será mesmo que tudo que pensamos ser nosso é mesmo? Ou melhor, o que é realmente nosso?

Sentimentos ilusórios são incutidos diariamente em nossas mentes. Na maioria das vezes não reclamamos, pelo simples fato de que é muito mais fácil “aceitá-los”, do que questioná-los e assumir-mos as nossas verdadeiras responsabilidades, ou seja, a nossa verdadeira essência.

Você é muito mais perfeito do que imagina ser. Este é um dos motivos que nos faz sentir estarmos tão perdidos, sem respostas para perguntas tão simples… Aliás, sabemos de onde viemos?

Pare e reflita. Definitivamente não somos o que pensamos ser. Neste momento, busque apenas perceber como são grandiosas as criações de Deus. Não perca mais tempo tentando entender o que a mídia lhe impõe. Entender a sua natureza é muito mais fácil do que tentar compreender as verdades ilusórias impostas pelo sistema.

Na minha infância, aproximadamente quando eu tinha uns 11 anos de idade, tive a oportunidade de presenciar a aparição de um objeto voador não identificado (ovni). Eu e minha família voltávamos das férias de verão no litoral gaúcho. Estávamos em cinco pessoas no carro. Meu pai dirigia, minha mãe estava ao seu lado, eu estava sentado atrás dela. No centro do banco traseiro estava minha prima, e do outro lado estava sentada minha irmã.

Era noite, eu observava as montanhas quando um pequeno ponto luminoso apareceu e acompanhou o carro durante vários minutos. Era multicolorido. Após algumas manobras, percebemos que não se tratava de nenhuma aeronave terrena.

A partir daquele dia parece que uma espécie de botão foi apertado dentro da minha consciência, acionando uma bateria de perguntas sem respostas. A primeira delas, a qual surgiu instante após aquela aparição foi: Se existe vida fora da Terra, o que mais Deus criou?

Percebi ao longo dos anos, que diferentemente do que 97% das pessoas me ensinavam a humanidade não estava só no Universo. Mas onde estaria este conhecimento?

Passei então a observar as pessoas com as quais eu convivia. Nas suas atitudes encontrei muitas respostas, mas admito que com estas respostas, vieram inúmeros questionamentos. Nesta jornada, uma pergunta não tinha resposta: Onde estaria o conhecimento cósmico?

Ano após ano, passei a compreender que, em verdade, a verdadeira caminhada é interior. Em alguns instantes até podemos receber auxílio externo, mas somos nós quem devemos acionar o botão de ligar o despertar da consciência cósmica.

Apesar de parecer difícil o despertar da consciência cósmica, talvez seja ainda mais difícil aceitar e conseguir entender a realidade que é exposta dia a dia na mídia. Somos inundados por conhecimentos frios, sem sentidos, vagos e confusos. Enquanto muitos perdem tempo propagando o falso, ilusório e complexo, cada um tem a possibilidade de acessar, sem custo algum, seu Deus interior.

Vivemos em um sistema impregnado de incoerências. Além disso, fomos acostumados a aceitar estas incoerências sem qualquer questionamento. Será este o caminho para o despertar da consciência cósmica?

Entretanto, talvez despertar seja o mais dolorido para muitos. Saber que somos responsáveis por todos os nossos atos (ação e reação), representa muito mais do que podemos imaginar. Pense na chuva. Imagine uma gota caindo até uma pequena poça dágua. Quando ocorre o impacto, pequenas ondas são geradas, as quais se propagam até a borda, recebendo assim, o reflexo das paredes.

Na vida de qualquer ser é assim. Esta lei é eterna, até mesmo para o criador. Todos são abarcados por ela. Contudo, cabe a cada um, saber o momento de despertar para esta lei. Quando pararmos e percebermos que tudo que fizermos, terá uma conseqüência, seja positiva ou negativa, perceberemos que somos co-criadores, e não escravos irracionais.

Despertar a consciência cósmica significa perceber que Deus está em tudo, e tudo está em Deus; é acordar para uma nova realidade; é saber e agir como co-criadores; significa aceitar e interagir definitivamente com as Leis Universais; você é e você faz; significa exercer a existência e a própria essência na mais profunda vibração do amor.

Por fim, fica para reflexão do leitor mais uma parábola de Jesus Cristo:

“Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai; e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” João, Capítulo 14, Versículos 11 a 13.

Print Friendly, PDF & Email

Translate »