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Mundo da Dualidade

Mundo da Dualidade

Estado da neutralidade e a forte presença do ego

De Eliane do Canto (elianedocanto@yahoo.com.br) – Agosto/2006

Sabemos que o ser humano habita um planeta de terceira dimensão, nossa muito amada Terra, um mundo considerado material cujas principais características são as emoções. Nós sentimos dor, alegria, tristeza. Sentimos raiva, amor, ódio, inveja, ciúmes e manifestamos esses sentimentos a todo instante em nossas atividades diárias.

Comparamos, julgamos, escolhemos, criticamos e nos consideramos juízes e tudo e de todos, atribuindo a cada situação uma qualificação ou uma sentença. Tem sido assim desde que nascemos, quando passamos a receber de nossos pais a bagagem sócio-cultural e religiosa de ambos, absorvendo conceitos e valores que nossos progenitores nos ensinam.

A partir de nossos pais, começamos a formar nosso ciclo de amigos. O primeiro, na infância, quando começamos a brincar com as crianças vizinhas do apartamento ou da rua onde moramos. Em seguida, nos relacionamos com as colegas e os ensinamentos recebidos na escola e assim vamos indo, até nos tornarmos adultos. Sempre absorvendo padrões, cultura e regras sociais.

Em cada fase de nossa vida vamos conhecendo novas realidades, agregando novos valores religiosos, sociais, culturais e econômicos. Ainda quando crianças, somos constantemente “premiados” por nossos pais quando fizemos algo que os agrade ou quando mostramos que aprendemos aquilo que nos foi ensinado.

Vamos crescendo e em cada conquista de nossas vidas, desde a boa nota na escola, até nossas escolhas profissionais ou materiais, somos incentivados e premiados por nossos pais, amigos, namorados, maridos, parentes a continuarmos sendo aquele exemplo de bom garoto. Se, por acaso, nos tornamos pessoas infratoras das regras que nos foram passadas, somos julgados, condenados, criticamos e sofremos punições. Se fracassamos em nossos objetivos, somos vistos como pessoas que não tiveram sorte seja no amor, no trabalho, na sociedade Assim tem sido por séculos e séculos.

O ser humano aprende por associação desde bebê. Mostramos à criança uma colher, por exemplo, e ensinamos a ela que aquele objeto é uma colher e não um garfo. A criança associa em seu cérebro a imagem do objeto como sendo uma colher. Tudo o que aprendemos sempre foi desta forma, com nosso cérebro gravando as informações recebidas por associações.

O mesmo ocorre com relação a nosso desempenho na sociedade, tanto no trabalho como na vida pessoal e até no que se refere à saúde. Se galgamos os degraus do sucesso, somos considerados exemplos, se fracassamos, não temos sorte, temos algum defeito.

E assim vamos vivendo, amargando e colecionando venenos emocionais na mesma proporção em que nos consideramos sucesso ou fracasso. Queremos impor nossos pontos de vistas e valores para os outros porque, afinal, estamos sempre certos. Quando adultos nós sabemos, temos experiência de vida e podemos a tudo conceituar e julgar.

Quando contrariados, somos capazes de fazer grandes estragos emocionais tanto em nós como nas pessoas que nos cercam. E em pleno século XXI ainda brigamos para ser síndico de prédio ou presidente de qualquer entidade social ou até para obter uma promoção. Queremos ser os primeiros em tudo: nas filas, no ônibus, no elevador. E tudo isso totalmente convencidos que nossas convicções são as corretas e não a dos outros.

O mundo tridimensional foi conduzido desta maneira, a fim de que todos se tornem teleguiados e considerem seu colega um adversário, porém são poucos os que percebem esta situação dual. A artimanha se expande para a eterna busca do cumprimento de obrigações como, por exemplo, pagar a conta de luz. Compramos, pagamos, comemos, dormimos, guardamos raiva, nos machucamos porque vivemos no mundo da ilusão emocional.

Mostramos-nos bonzinhos, mas no fundo sempre estamos querendo aquilo que foi conquistado por alguém em qualquer situação. Agindo assim, alimentamos o florescimento de nosso ego, que se torna nosso principal condutor, fazendo com que nos esqueçamos da consciência iluminada que existe dentro de nós.

Para aflorar nossa luz não é preciso sucesso, dinheiro, fama. Para aflorar a luz que cada um possui dentro de si basta controlar o ego, ou invés de possibilitar que o ego nos controle.

Isso significa refazer e reaprender nossa maneira de interagir com o que nos cerca. A física quântica vem mostrando que o milagre ocorre diariamente diante de nossos olhos e somos incapazes de vê-lo, porque estamos ocupados demais com nossos afazeres ou atrasados para chegar àquele compromisso.

Sabemos que pela nossa experiência enxergamos somente aquilo que se passada diante das lentes de nossos olhos. No entendo, existe muito mais do que “essa realidade” em nossa frente, porém condicionamos nosso cérebro a somente ver aquilo que ele aprendeu a ver. No entanto, a física quântica comprova que existem diferentes situações para um mesmo corpo e que esse corpo sólido pode estar em pelo menos dois lugares ao mesmo tempo, mas que, ao fazermos nossa escolha, ficamos com uma única opção. Um mesmo corpo pode estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo.

Para podemos perceber e vivenciar essa experiência que ocorre quase a todo instante, temos que manter nossas emoções na neutralidade. Somente na neutralidade, sem a manifestação do ego e suas conseqüentes emoções, tanto positivas como negativas, conseguiremos interagir com a realidade tridimensional e com os mundos paralelos que se entrelaçam. Temos que trazer à tona a criança que há dentro de nós, que não julga e não tem nenhum conceito pré-concebido.

Quando controlamos nossas emoções e dominamos o ego, mantendo o estado de neutralidade, com o pensamento despido de qualquer conceito emocional, conseguimos ver imagens holográficas que se sobrepõem ao mundo tridimensional que consideramos ser real. E verificamos que a realidade é relativa, ou são muitas. Na neutralidade aprendemos a conviver em diferentes mundos que interagem conosco.

Somente controlando as emoções e o ego, mantendo-nos neutros, é que conseguiremos fazer vibrar a luz que existe dentro de nós, conforme está registrado na Bíblia em uma das frases pronunciadas por Jesus: “Siga o caminho da luz”.

Quando começarmos a manipular a freqüência multivibracional ou a nossa capacidade de interagirmos com todas as freqüências, significa que atingimos o estado de neutralidade, codificado na energia ascendente do pensamento ou na energia descendente do puro amor da manifestação, que é uno e, sendo uno, envolve a todos nos colocando como co-participantes da criação divina. Deixamos assim de pensar somente em nós, para nos perceber integrantes de um todo e que é através deste TODO que nos tornamos UNOS.

“Assim como é em cima, é embaixo”, afirma Hermes Trimegistro. Todos os seres vivos têm sua vibração, o mesmo ocorrendo com os objetos. Somente na neutralidade conseguimos manipular a matéria, interagindo com as diversas freqüências. Jesus veio há 2006 anos para nos ensinar esse conhecimento com o qual ele fazia seus “milagres”, interagindo com as diversas freqüências que existem nos mundos tridimensionais e nos mundos paralelos e, por isso, Ele conseguiu extrapolar os limites materiais, não se deixando dominar pela matéria.

Somente quando atingirmos determinado estágio de neutralidade conseguiremos interagir com freqüências similares à nossa ou outras totalmente diferentes. Jesus tornou possível essa decodificação, manipulando através dela os caminhos de sua luz magnética (seus campos vibratórios), estabelecendo assim sua freqüência multivibracional capaz de se comunicar e controlar as demais freqüências. Jesus esteve na Terra tridimensional para nos mostrar que nossa passagem por aqui não pode jamais ser dominada pelo EGO e pela MATÉRIA.

Cabe a nós reaprender e descartar os conceitos materiais, levantando o véu que teima em nos afastar do “milagre” que existe diante de nossos narizes e que, por condicionamentos familiares, sociais, econômicos e religiosos que abastecem nosso EGO, somos incapazes de perceber. Vamos vibrar na luz da neutralidade, aprendendo assim a manipular freqüências multivibracionais.

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