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Religiosidade, Espiritualidade e Humanidade

Religiosidade, Espiritualidade e Humanidade

A religiosidade é uma qualidade do ser humano caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria religião ou a se integrar às coisas que para elas se diz “sagradas”. Mas, precisa-se diferir o ser possuidor de religiosidade, da condição de apenas ter uma religião, fruto de um sistema religioso. espiritualidade pode ser definida como uma “propensão humana à busca de um significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio” e espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. A humanidade dentro da natureza humana relaciona-se a um conjunto de traços distintos, incluindo maneiras de pensar, sentir ou agir, que os seres humanos tendem a ter, independente da influência cultural ou religiosa. As questões sobre quais são essas características, o quanto elas podem ser mudadas e o que as causa estão entre as questões mais antigas da sociedade humana, com impactos imensos na ética, bem como na arte e na literatura e bem como também na vivência político-religiosa.

O ser humano em sua humanidade ao se mostrar em sua religiosidade para vivenciar a sua espiritualidade, ele em processo de interiorização d’alma se compatibiliza com a quinta camada de seu corpo bioenergético (aura), para se expressar consciente ou intuitivamente através do mental sutil.

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Este texto foi baseado no pensamento do Pe. Fábio de Melo, que está constado em seis DVD e que foram editados pela Canção Nova com o tema: Aprofundamento.

1 – Buscando-se a verdade para ser livre pela fé (desejo profundo).

Toda a experiência de Deus mostra-se na vida do ser humano não só no sentido de resultados, mas também e sempre no sentido de buscá-lo, em uma procura que nunca cessa.

O ser humano busca caminhar no sentido de Deus, que para ele se revela a cada dia sem equívocos, não em lugares errados como os que funcionando como barreiras na forma de muitas religiões, fazem promessas ocas – vazias de verdades.

São muitos os templos erguidos que neles prometem experiência de Deus, mas ali se procede de maneira abusiva engando as pessoas, quando se caracteriza a fé sem exercer disciplina e renúncia, que com elas se busca realmente na vida o seu sentido maior, ao se mover por um desejo profundo d’alma.

Na religião sem religiosidade ou sem espiritualidade as pessoas são conduzidas como se tangesse gado e não vistas como seres humanos que raciocinam. São conduzidas sobretudo por ações ao alcance apenas do mundo visível dos sentidos, onde nele são mais importantes um “deus de madeira”, os dízimos e todos os tipos de barganha. Nesse mundo está presente antes de tudo um deus material, que para ele não se empenha à uma verdadeira transformação interior. Ali não se exerce ao nível d’alma o empenho de realmente perceber Deus pelos olhos do coração, em uma profunda e verdadeira vontade interior de transformação.

Deus cria e sustenta tudo e todas as formas de vida, portanto sustenta todos os seres humanos e, entre eles os verdadeiros cristãos, que se conduzem em seu amago no sentido de percebê-lo, movidos por um desejo profundo ou pela fé, na medida que vão também possuindo em seus corações a necessidade da ação de liberdade, de viver cada vez mais sua espiritualidade, sem se limitar satisfeitos por apenas pertencer religiões com práticas para um “deus de madeira”.

Corpo de Luz/Cor que se mostrou na realidade física e que foi fotografado dentro do Cenáculo/Jerusalém, em setembro de 2014. Mais informações na Pagina Interações do Site www.pegasus.portal.nom.br, com o texto “Voltando ao Passado, buscando o Futuro” – Foto de Antônio Carlos Tanure

Não basta apenas viver fisicamente livre. Vivencia-se verdadeiramente a condição de ser livre, quando se percebe a ação de Deus na vida e se age de acordo com ela. Ser realmente livre é “libertar a liberdade” que foi concedida ao ser humano, que deve vivencia-la com honestidade em seu verdadeiro e mais profundo sentido.

Ele deve vivenciar a honestidade sem prepotência e sem arrogância, para que se tornando interiormente livre, possa buscar o sentido de verdade e se tornar interiormente livre, norteando-se por Jesus de Nazaré em sua vivência como o Cristo, quando disse: “eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”.

Quando Deus acontece verdadeiramente na vida de alguém, a fé não invalida qualquer que sejam os seus sentimentos, mesmos aqueles que são gerados em situações mais cruéis e difíceis, porque ele já se sente de fato livre. Liberdade essa não a de fisicamente ir e de vir ou a de ter condições para realizar grandes proezas no mundo físico.

Essa liberdade é uma conquista interior daquele, que dá ao outro a liberdade de ter o direito de ser como ele é. Mas, conquistar essa liberdade é pela índole opressora e egoística humana muito difícil de conquista-la, por isso é muito difícil também amar se está aprisionado nas expectativas e nos ciúmes, aquele que ainda não vive de fato a sua liberdade.

Só aquele que é livre é capaz de interpretar as mazelas da vida sem ficar lastimando e culpando o outro ou Deus por elas. A vida por não acontecer muitas vezes como ele deseja e com a perfeição que almeja, ele não deve mesmo assim deixar de caminhar em direção à sua verdadeira liberdade, para que essa já então encontrada ele possa se sentir realizado, já livre dos condicionamentos que aprisionam e também das injustiças que comete.

Jesus de Nazaré em sua condição humana era uma pessoa já totalmente livre, tratando com nobreza os miseráveis, os diferentes e nesse sentido disse: “bem aventurado os humilhados…”, uma citação que muitos não entendem o seu verdadeiro sentido. Aquele que já foi humilhado, está por outro lado também, preparado para entender com mais facilidade um momento, que está recebendo atenção sem merecer.

Bem aventurado os que sofrem… serão consolados… conhecerão o reino de Deus”. A espiritualidade não é gerada através de bens materiais perecíveis. Ela não nasce do que se tem, mas do que não se tem. Do que está ainda ausente e são valores reais e eternos, que só Deus pode dá-los

Jesus de Nazaré revolucionou a vida das pessoas fossem elas quais fossem. Não as media por imposição de rótulos, mas pelo seus corações estimulando-as mudar suas vidas, para que se tornassem livres, possuíssem a verdadeira liberdade.

Para ser livre não se vive a escravidão do dinheiro e a mesquinhes das posses excessivas sejam elas quais forem. Para ser livre não pode se deixar aprisionar pelas amarras da matéria, que torna de fato dona daquele que julga possui-la.

O que todos buscam uns mais e outros menos conscientes, é alcançar o “território livre” dentro de si. O verdadeiro cristão deve buscar principalmente sua espiritualidade, para que com ela vivencie sua liberdade interior.

Aquele que está conseguindo a sua verdadeira liberdade, ele está também conseguindo libertar-se de todos os tipos de excessos próprios do mundo da realidade física, que procuram fazer parte de sua vida, mas que ele está conseguindo descarta-los.

A procura dessa liberdade não é aquela, que faz o corpo humano como se fosse uma praça pública, onde o outro pode por ele passar quanto quiser e fazer dele o que quiser. O cristão não deve ser prisioneiro do corpo, que deve dele utilizar para possa se interiorizar e se tornar livre. Para que possa com ele, alcançar o livre transito para o verdadeiro amor – não só aquele nas relações humanas sem qualquer tipo de banalização, como também aquele em seu sentido mais amplo e mais universal.

Estar com Deus é estar livre interiormente, é ser conduzido por Cristo, resgatando-se ao se fazer novo, deixando-se de ser miserável pela verdadeira miséria – a da alma. O sofrimento deve ser transformado em causa de vitória – de se tornar pelo verdadeiro amor interiormente livre.

2 – Buscando-se estar na intimidade e no amor de Deus, interiorizando-se.

Como eu vos amei, assim também vós deveis amarvos uns aos outros”. Só assim o ser humano consegue mergulhar no conhecimento de Deus em sentido mais profundo. Só assim ele pode se sentir mergulhado na intimidade divina, como Jesus através do sentimento de seu amor mostrou indistintamente em suas ações. Só assim se pode sentir o amor de Deus sem reserva, que move em direção de cada um como um aconchego e como um sentimento paterno de proteção.

Aquele que espiritualiza, acende em seu coração o fogo do amor. Prepara-se através do desejo profundo para ouvir Deus nos espaços de sua mente e, com isso, se transforma ao quebrar os seus preconceitos, alcançando tudo aquilo que não sabia, mas que julgava saber. O seu pensar e seu agir são agora conduzidos em sintonia com o coração de Cristo.

Ele se percebe agora na intimidade onde Deus se mostra mais ao humano, através de condições que se assemelham também mais aos sentimentos de Jesus.

Fotografia de um instante com a energia crística, tirada em 05 de julho de 2009, no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, envolvendo um grupo de pessoas durante um trabalho de desenvolvimento mental. Essa energia na frequência de luz/cor vermelha para realização no mundo da realidade física, dela se utiliza, movendo-se pela vontade e pelo desejo profundo, no sentido de realizar “fenômenos” conhecidos como milagres” – foto de Antônio Carlos Tanure.

A experiência que realmente transforma o ser humano não é aquela que se baseia em rituais externos religiosos, mas aquela que se faz por experiências na espiritualidade e que acontece em sua intimidade, sem pudor.

Entretanto, o mundo no dia a dia do ser humano é quase sempre cruel, não permitindo que ele tenha esse tipo de pudor e que não se expresse sem reservas com o semelhante, com misericórdia e com compreensão. A ausência desse pudor permite muitas vezes o seu coração se distanciar do outro, pelo temor de incompreensões e de julgamentos, principalmente quando essa aproximação deve se dar com os diferentes.

A ausência desse pudor estagnado pelo sentimento do orgulho, do egoísmo e de outros sentimentos nefastos são também constantes no recinto familiar, quando ali com os mais próximos o pedir perdão por uma atitude incorreta fica ausente. Perde-se oportunidade que Deus coloca ali para mais constantemente pudessem todos se transformar através do perdão, da compreensão e do amor. Especialmente no seio familiar Deus poderia ser mais percebido de forma solidaria, mas muitas vezes não é.

Pe. Fabio de Melo – Imagem da Internet

Falta no mundo de hoje a compreensão e o entendimento, sentimentos que principalmente o cristão deve tê-los. O comum é se ausentar e não procurar entender – “não entrar na tenda com o outro”. Não perceber os sentimentos do outro, porque esses não são os seus. Hoje um não ocupa o mesmo território do outro, para sentir e entender suas preocupações, para compreender seus limites, seus conflitos d’alma e o seus medos. Hoje o normal é um ignorar o outro, procedendo como ambos fossem invisíveis.

O verdadeiro amor entre as pessoas se estabelece, quando essas já percebem que ocupam “o mesmo espaço na tenda”, quando já entendem de fato, uma fazendo parte da outra, participando de sua intimidade sem banalização.

A forma ideal que deve prevalecer no mundo, é a que permite transcende-lo por não se deixar manipular, mas também sem fazer do outro objeto de manipulação, para que ambos possam “entrar na tenda”, compartilhando sem conflito um com o outro o mesmo território, por já saberem se conduzir verdadeiramente pela compreensão e pelo entendimento – e, pelo verdadeiro amor.

Deus é amor com tudo e com todos, que são suas extensões. Assim, não se pode esquecer, que todos ostentam em si essa verdade divina que podem espiritualmente exteriorizá-la sem necessariamente se deixaram conduzir por religiões com seus símbolos físicos religiosos, que muitos os ostentam e os caracterizam.

Para vivenciar religiosidade não é necessariamente obrigado que se pertença uma religião, mas é necessário que se “moa” diariamente o orgulho, a vaidade, o egoísmo e a prepotência, entre outras formas de mesquinhes. Sem interiorizar e não crescer espiritualmente, não é possível que um ocupe com o outro “o mesmo espaço na tenda”. Se ambos assim não procedem, não colocando seus corações em sintonia com o coração de Jesus, não se permitem perceber valores que possuem e vivem em constantes conflitos.

Não se move e não se mostra pelo ação do espirito, quando se tem Deus apenas como ideia e Cristo através de Jesus como teoria. Vive-se banalmente e deixa-se a vida passar tangida apenas pelos sentidos, sem se aprofundar no verdadeiro porquê dela.

Vive-se superficialmente satisfeito, ao se escudar muitas vezes em contextos banais de todos os tipos, inclusive religiosos, por não se interiorizar, por não se espiritualizar, por não vivenciar de fato a religiosidade, privando-se de estar na intimidade de Deus. Não vive o amar o outro sem pudor, não deixando que esse se aproxime. Age diferentemente de Jesus, que em seu tempo aproximou-se de todos, principalmente dos mais necessitados.

Não se vive no cotidiano humano o ideal, quando se deixa de viver o amor com valores, que sem eles não se pode conduzir espiritualmente. Com valores materiais que não realmente preenchem, que atiçam apenas os sentidos e que exigem egoisticamente cada vez e que não satisfazem.

Misericórdia não é ter pena do outro, mas possuir a capacidade de se sentir com o outro. De “entrar na tenda” com ele, agindo como o bom samaritano, que na parábola foi tanto aquele que levou o ferido à hospedaria, quanto aquele que o hospedou.

Para ser bom samaritano é necessário que se tenha a alma misericordiosa, como a do que levou o ferido á hospedaria, mas sobretudo deve ter a alma corajosa como a do que o aceitou e o alojou, que conviveu realmente com ele em sua intimidade, ao cuidá-lo durante um período – ao tratá-lo e alimentá-lo, cuidando de suas feridas, sem ter certeza da necessária contrapartida pecuniária em relação aos seus gastos. O dono da hospedaria teve naquele momento pela sua atuação, a percepção de que Deus o visitara, utilizando-se do enfermo.

O amor de Deus não está associado às banalidades do cotidiano humano, mas dentro do enfoque da gratuidade do “amai-vos uns aos outros…”, como Jesus falava e agia. Esse amor não é uma ideia vazia, não é uma conversa fiada, que muitos assim pensando, passam a vida inteira sem entender o que seja de fato amar e ser amado, porque os seus conceitos banais humanos, acabam por sobreporem o conceito mais profundo do amor vivido por Jesus, que é só é percebido ao nível da alma.

O verdadeiro amor requer um esforço constante, para que não prevaleçam as banalidades da vida, que ofuscam a real capacidade de amar e de também reconhecer o amor do outro em sua história.

Não importa a necessidade do reconhecimento, quando se age tocado pelo verdadeiro amor espelhado em Jesus. “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita” A percepção da verdadeira realidade divino-humana não é gestada em momentos de ovações públicas, mas em momentos vivenciados na intimidade de cada um pelo processo de interiorização e de descobertas sentido ao nível de sua alma e registrado ao nível do mental sutil. Registro que se dá em momentos que se faz mais presente a luz interior do espirito e não a luz externa dos holofotes.

O verdadeiro amor mostrado por Jesus é redentor e vivenciá-lo não deve ser de forma banal, porque precisa-se antes de tudo aprender a não barganhar sentimentos, sabendo diferenciar quando deve “dar a César o que é de César” e quando “deve dar a Deus o que é de Deus”. Precisa-se aprender compartilhar com o outro a sua intimidade em um mesmo território, através do sentimento do coração, que necessita antes retirar todos os tipos de máscaras.

O ser humano deve sempre direcionado por Jesus, evitar a areia movediça que a vida coloca em seu caminho, através do ciúme, da vaidade, da arrogância e do medo, entre outros sentimentos nocivos, que muitas vezes o incapacita de verdadeiramente amar. De se distanciar de outros em função de uma pretensa superioridade alimentada por todas as formas de moralismo, que com elas procura-se julgar e humilhar, mas em verdade essa conduta esconde o real proposito quase sempre inconsciente, que é o de esconder as vergonhas daquele que humilha.

Aquele que está em sintonia com o coração de Jesus, direcionado pelo o que disse e fez, procede com humildade, simplicidade e despojamento, porque só assim consegue de fato “enxergar” o outro e não apenas fisicamente vê-lo. Se não existir essa humildade, não se conhece realmente o outro, como também não é por ele conhecido. Veem através de tudo que um julga conhecer do outro, quase sempre com a visão na forma de barreiras preconceituosas.

E como um não vê o outro como deveria, ambos se colocam em uma prisão que os incapacitam, de se tornarem livres. Não é possível sentir Deus, se não mergulhar no coração de Jesus, que permite viver um propósito de vida e de espiritualidade, sem mais a insistência da arrogância imposta como armadilha à alma humana.

Pe. Fabio de Melo. O olhar humano deve se conduzir pelo o olhar de Jesus – Imagem da Internet

A ação misericordiosa de Deus não comporta pudor, não comporta vergonha. Esse amor que é puro e gratuito não se mostra através de posses excessivas, que acabam gerando cada vez sentimentos possessivos, que sufocam, que impõem e que não geram a intimidade própria para se viver com o outro “o mesmo espaço dentro da tenda”.

Aquele que permite o outro fazer escolhas que não são as mesmas suas, entendendo-as e respeitando-as em seus limites, isso é amar. Se ele quiser compreender o amor, tem que entrar em uma dinâmica que só comporta intimidade sem banalização e sem superficialidade. O amor só pode crescer pelo verdadeiro encontro de um com o outro, espelhando-se em Jesus pela paciência, pela bondade, pela ausência da inveja, do orgulho e todas as formas de injustiça. Esse amor alegra com a verdade, desculpa e suporta tudo.

Tudo que fisicamente existe tem prazo de validade, apenas eterniza o tanto que se ama. Assim, se quiser que a vida valha, dando-lhe significado, deve-se sair das banalidades do cotidiano que geram a depressão fomentada pela futilidade de apenas socialmente representar, dos amores precários que se finge possui-los, das falsas religiões com seus ritos vazios não transformadores dos corações, do correr demais em busca do que é superficial sem intimidade e dos discursos, músicas e eventos que verdadeiramente comprometem o processo de interiorização, por não buscarem a espiritualidade. Deve-se ter a coragem, de se desligar do que é fútil, do que não permite perceber Deus na profundidade d’alma.

O comportamento social é quase sempre fútil, iludindo as pessoas. Em festividades sociais é quase sempre difícil falar sobre Jesus, de nele espelhando-se discorrer sobre uma proposta de vida, porque essa faz todas as futilidades caírem por terra. Mas, aquele que está no time de Jesus, que é um vencedor, que já subiu no pódio da vida para se tornar intimo com Deus, ele procede em seu dia a dia sem futilidades – e, socialmente correto.

Deve-se ter muito cuidado com aqueles que dizem ser amigos, o comum é ter muitos conhecidos. Os amigos são de fato aqueles que também enfrentam os desafios constantes, no sentido de vencer em seu cotidiano a futilidade e a superficialidade, buscando-se espiritualizarem.

3 – Aquele que está em busca de Cristo através de Jesus, não deve desistir de si mesmo

A missão especifica do espirito é fazer com que o ser humano proceda pelo coração, para que amplie a sua compreensão cada vez mais, evolua-se e saiba verdadeiramente quem é. A ação do espirito faz com que ele compreenda no que deve e no que não deve, movendo-se por uma consciência de ser amorosamente justo sem necessidade de imposição e de vigilância.

Se o espirito não encontra nele espaço para vivificar e crescer, ele vai apenas experimentar um moralismo religioso, sem se prender às raízes que deve centrá-lo e que deve lhe dar sentido, em relação ao que ele é realmente.

Aquele que apressa a volta de Jesus, é aquele que não tem medo da verdade. Ele não tem medo de retirar os mantos cruéis de uma falsa santidade. Ele que está em sintonia com o Cristo consegue se enxergar, percebendo-se por dentro.

Ele já consegue exteriorizar o seu coração e do mundo não necessita nada mais ter, porque já se percebe tendo realmente tudo. Ele não precisando nada mais esconder e já sabendo assim viver em Cristo através de Jesus, sabe que morrer para o mundo é ganho – é transmutar, é ressuscitar.

Ganho que para ele se faz como um troféu de um vencedor. Troféu que nele foi interiormente conquistado pela ação do espirito, que o faz sabedor da alegria alcançada, suportando a crueldade do mundo, sem se importar muitas vezes por infâmias impostas.

Comumente estar na vida, é estar em uma constante competição, mas o propósito de Jesus é outro, que exige de cada um se despir de antigas opiniões e que agora sem elas o vencedor é aquele que se impôs e venceu. A competição mais difícil, não é a que se dá com o outro, mas aquela consigo que exige se interiorizar e revirar por avesso conceitos e preconceitos, para que se possa espiritualizar.

Aquele que se vale apenas da racionalidade, muitas vezes seus conceitos tornam-se arraigados e acabam por transformar em preconceitos com o outro, levando-o às vezes proceder com injustiça, julgando-se fazer justiça. Vivenciar o cristianismo é vivenciar constante revolução de consciência, é vivenciar uma revolução de conceitos enraizados dentro de si, modificando o seu modo de pensar e de agir, por se livrar da competição e da arrogância, que age no mundo. Aquele que julga ser vencedor por destruir o outro, ele é de fato um perdedor.

O conceito de vencer e de ser vitorioso no mundo nessa atual revolução de consciência, ele deve ser outro. Esse vencer deve ser exercido por aquele que já descobriu o real sentido da pequenez, que com ele se dá a oportunidade de diminuir dentro de si tudo aquilo, que é comumente nocivo no ser humano, como a arrogância, a prepotência e a hipocrisia. Percorrer esse caminho de um verdadeiro vencedor é difícil, porque ele não é daquele que é o maior para o mundo, que senta na primeira fila e que não se sintoniza com o que Jesus dizia e vivenciava.

Os primeiros cristãos fizeram suas experiências iniciais nas catacumbas, porque tinha que se esconder das perseguições que sofriam. Agiam inicialmente por contatos pessoais nesses pequenos espaços, desses túmulos escuros, mas iluminados por um Deus que ensinava na pequenez, se interiorizar espiritualmente para auto iluminar.

A diferença que se vê entre as catacumbas daquele tempo e as catedrais de hoje é imensa. As catacumbas eram sombrias e pobres e, as catedrais são imponentes, artificialmente iluminadas e cheias de riquezas. Aquele que busca antes se interiorizar, para depois exteriorizar o seu coração, ele pode até estar fisicamente em uma catedral, mas o seu coração deve se identificar com a simplicidade de uma catacumba.

Aquele que não demonstra compreender a competição pelo seu avesso, não compete para realmente ganhar, mas para de fato perder, já que não aprende se interiorizar e não expulsar dentro de si a miséria da arrogância e da prepotência, que o impede de vivenciar a humildade e não se identificar com o seu semelhante. Algumas religiões cristãs de hoje estão cada vez mais distanciando do cristianismo inicial, com o seu sentido mais próximo e verdadeiro dos ensinamentos de Cristo através de Jesus.

A pobreza e a decadência do mundo de hoje passa pela pobreza dos reais valores humanos, que estão sendo cada vez mais esquecidos e que não são compatíveis com o caráter e com o procedimento de um verdadeiro cristão.

O cristão que desaprende o significado do porquê da vida e do porquê da crucificação de Jesus, ele fica miserável não só espiritualmente, mas também em sua condição humana, como se vê atualmente presente nos jovens, com grande parte dessa geração sendo criada na facilidade, que simplifica seu processo humano de não enfrentar dificuldades e de não modificar o seu temperamento, em sua maneira de ser.

Tudo vai ao chão se não estiver fundamentado em Deus e espelhado em Cristo através de Jesus, verdade que não se mostra através de fantoches, mas através de corações que propõem trabalhar com humildade no caminho das competições, que no mundo são movidas pela arrogância, pela vaidade e pelo egoísmo.

O ser humano torna-se cego e vai ao se chão, se não é conduzido pela verdadeira luz que ilumina e direciona – Imagem da Internet.

A verdadeira competição que deve existir no mundo da realidade física, não é aquela, que nele o ser humano procura ser o maior, mas aquela que ocupa espaços em seu coração, para fazê-lo melhor e perceber Deus realmente presente em sua vida. Nesse seu se tornar melhor, é que lhe proporciona adquirir o verdadeiro troféu, que não pode ser visto colocado em uma estante, mas que pode ser intensamente sentido em seu coração. Não existe nada que realize mais na vida, do que a sensação de ser guiado pelo espirito para fazer a coisa certa – pensar corretamente para agir com equilíbrio.

Essa sensação sinaliza àquele, que ele já está fazendo o caminho correto e que já está voltando à sua verdadeira raiz. Ele já percebe que ser grandioso é ser simples sem ufanismo excessivo, que não ajuda na transformação do seu caráter, por não se conduzir pelo espirito.

O troféu físico que nele pode ser tocado e levantado para receber aplausos, não é o verdadeiro troféu, porque o tempo o consumirá. O verdadeiro troféu pertence aquele que já conseguiu eliminar todas as barreiras, para melhor se conhecer e se descobrir no outro mesmo com suas diferenças, sentindo-se realmente que todos são filhos de Deus, portanto sentindo-se que todos são irmãos dentro da verdade de Cristo mencionada por Jesus, no “amai-vos uns aos outros”.

Não é através de uma pretensa autoridade conseguida e exercida no mundo da realidade física, que possibilita uma maior facilidade na conquista desse troféu, mas autoridade que Deus dá e que se instala no coração de cada um através de Jesus. O poder só tem sentido e verdadeiramente constrói, se estiver vinculado ao serviço do coração, caso contrário ele levará àquele que o exerce à derrocada.

A competição que Jesus propõe não é aquela para chegar fisicamente em primeiro lugar, mas aquela que se dá na intimidade do coração, através da humildade, que impulsiona sair do contexto das catedrais e retornar à raiz das catacumbas, onde tudo se fazia em intimidade coletiva, honestamente realizado sem hipocrisia e espiritualmente mostrado.

O cristianismo não deve ser público o tempo todo, mesmo no tempo atual com a tentação do uso de inúmeras tecnologias da mídia, que visualmente projeta de forma intensa o seu usuário e que muitas vezes o faz seu uso constante, consumir-se no inferno humano de sua consciência, ao aprisioná-lo no irreal mundo virtual.

O consumidor abusivo dessas tecnologia vive constante em um espaço que é público e muitas vezes por ele consumido, não deixando que Deus possa em sua intimidade, trabalhá-lo em seu caráter.

Na busca do verdadeiro troféu às vezes é necessário que o cristão dê uma pausa, que pare de correr sem rumo em uma competição que é mais consigo. Que dê uma parada que lhe permita analisar por onde está correndo e se é realmente nesse caminho que conquistará o seu troféu. Se é nessa trilha que conseguirá de fato vencer seus fantasmas pessoais através de um processo doloroso, mas que é necessário enfrentá-los, se procura realmente ostentar o verdadeiro troféu de um vencedor.

Guerras com disputas territoriais e religiosas que usam armas e matam são cruéis e elas são mais horrivelmente cruéis, aquelas que são feitas em nome de Deus. Mas aquele que faz crítica justa dessas crueldades, deve também criticar a guerra que cotidianamente promove com os outros através de armas ainda mais perigosas. Armas que não os atingem fisicamente em seus corpos, mas os atingem profundamente em suas almas através de palavras cruéis carregadas de sentimentos da inveja, orgulho, ciúme e egoísmo, entre outros, que massacram.

Aquele que procura adquirir o verdadeiro troféu não deve desistir de si, porque Deus não desiste dele, ajudando-o em qualquer situação reverter a sua história, direcionando-o para que viva mais no sentido da fraternidade, viva sem preconceitos, com a pureza para perceber no olhar do outro a presença de Cristo através de Jesus e ser assim também percebido, ligados pelo espirito.

Nada vale àquele que exerce liderança publica, se ele também não exerce liderança em sua intimidade. A coerência e a honestidade pessoais fazem com que o verdadeiro líder, não se deixe massagear pelo ego e não procure no mundo físico os aplausos. O verdadeiro líder sabe, que os aplausos reais acontecem em sua intimidade e não aqueles dados por outros. Ele sabe também que deve ser persistente, para não desistir de si mesmo e possa paulatinamente ir removendo seus erros agora não mais sozinho, mas espiritualmente com Cristo através de Jesus.

4 – Conservando-se alegria interior em estado de graça.

É importante a alegria como fruto do espirito e resguardá-la para que nada tenha o poder de retirá-la. O primeiro “milagre” que Jesus realizou em sua vida pública foi o de restituir a alegria em uma festa, nas bodas de caná.

Esse milagre foi muito significativo, muito mais pela restituição da alegria naquela ocasião festiva, do que mesmo pela transformação da água em vinho. Ainda em muitos outros momentos de festividade Jesus sabia da importância da alegria, mas sabia também neles se colocar com respeito e seriedade, sem deixar o tempo todo de ter grande prazer de estar entre amigos, festejando com descontração. Ele como ser humano também vivia parcerias, mas sem sair do seu eixo de coerência mostrada durante toda a sua vida pública como Cristo – como o Messias ou, com a responsabilidade de ser o “Ungido”.

Com a transformação da água em vinho a bodas de Caná ensina também, que o ser humano só tem direito de esperar pelo o que é impossível, depois que ele esgota todas as possibilidades, porque é assim que funciona a vida, quando então pede a Deus só aquilo que sozinho não consegue realizar.

Mas, Deus só age na vida humana quando o ser humano se move pela capacidade de amar. O ser humano até para se sentir arrependido e assim agir em função de um erro cometido, ele foi antes tocado e impulsionado às vezes mesmo inconsciente, pela vontade de amar. Deus “mora” no ser humano, onde esse ainda não sabe chegar, mas que intuitivamente o percebe na totalidade de sua alma, através do mental sutil que utiliza a quinta camada de seu corpo bioenergético (aura).

A ação do espirito está justamente no sentido de ao dilatar fatos da história, se busca o sentido mais amplo de verdade, com a mente e o coração movendo-se nesse sentido. Jesus ao mencionar “bem aventurados os que sofrem…””, subliminarmente ele dá entender, que esses já estão bem caminhados, são felizes por já serem protegidos, evidentemente não por padecerem fisicamente, como o significado dessa palavra é habitualmente aceito, mas por já saberem se conduzir, escudados pela humildade como forma de vida.

O aprendizado humano passa pelo seu esvaziamento das emoções, ao extrapolar os limites do mundo dos sentidos próprios à realidade física, para que Deus possa além mais presente e mais completamente se mostrar. O desafio do ser humano é o de se transformar, para modificar diariamente todos os significados que dentro de si trouxe até aquele momento, sempre buscando o sentido de verdade, não só naquele que já alcançou, mas também aquele que deve ser ainda alcançado.

Aquele que cotidianamente avança em outros territórios, multiplica os conhecimentos que já possui, porque a vida é um processo dinâmico de descobertas, de autoconhecimento, de se inteirar das transformações que o atualizam no mundo e que o satisfazem no caminho de sua evolução, direcionando-o à dimensão divina de Cristo ou, mesmo apenas melhorando-o em sua dimensão humana.

A substancia de uma realidade é que a faz ser, substancialmente o que ela é.

Fotografia de uma xendra (portal). Aquele que já se despertou pelas informações recebidas, essas funcionam como chamarizes, mas são suas experiências vivenciadas mentalmente na sutileza dos mundos paralelos, que o tornam de fato mais consciente de sua verdadeira realidade divina – Foto de Antônio Carlos Tanure.

A sociedade brasileira vive um momento (ano 2016) de crise moral e ética, de desesperança e tristeza, com muitos agindo de maneira corrompida, por aqueles que exercem o poder político e o poder econômico. Por aqueles que se movem pelo dinheiro fácil através da corrupção, esquecidos da postura que poderiam ter, para proporcionar a alegria e o bem estar coletivo.

Só pela força do espirito é que se pode na vida, compreender o verdadeiro sentido da palavra alegria alimentada pelo sentimento de bondade. O cristão ao se espelhar em Jesus deve ter esse procedimento não como uma obrigação, mas como um exercício diário de fortalecimento e de satisfação, que o permite entrar no amago de suas questões e enfrentá-las. Sem esse enfrentamento não existe crescimento humano, não existe amadurecimento das questões. Existe é a fuga de si mesmo, por não querer ver seus defeitos, deixando de transformar para melhor sua vida, de torná-la mais agradável, de não “transformá-la de água para vinho”

O ser humano só se modifica, quando ele se desafia. Quando dispõe de fato se enfrentar. A sua alegria interior não é construída sem suas experiências de enfrentamento. Tendo como exemplo Jesus, ele não pode transformar esses momentos de desafio em “um faz de conta”, em caricaturas tão em voga.

O ateísmo é gerado no mundo quando Deus fica desacreditado, em função das vergonhas que principalmente falsos religiosos cometem em seu nome, incluindo-se nessa condição um cristianismo de consumo.

Não se chega a Deus pela arrogância, pela prepotência e por barganhas pecuniárias ou outras formas de trocas, mas pela vontade de se transformar sem hipocrisia, com humildade e com a alegria em viver em estado de graça, fazendo-se como uma criança.

A felicidade e a alegria do verdadeiro cristão não são aquelas que apenas ficam fisicamente estampadas em um sorriso, mas são aquelas que se expressam como contentamento vindo do fundo d’alma, ciente que Jesus está presente em seu dia a dia. Ele por já saber melhor quem é, sente-se mais feliz e também se conduz melhor na vida.

Existem muitas vidas estragadas pelas drogas, têm muitas festas estragadas pelo álcool. Aqueles que vivem nessas condições precisam recomeçar. Nessas festas e nessas famílias o sorriso quando existe é falso, é fugaz e não verdadeiro e nem constante. Mas aquele que já alcançou “sua festa espiritual” e vive a verdadeira alegria, deve ter a humildade de não achar que é melhor que o outro e também reconhecer que se descuidar essa alegria acaba. Cada um é o guardião de sua alegria, mesmo no sofrimento.

5 – Vivificando-se pela força do espírito

A vida no espirito que dá ao ser humano, a compreensão daquilo que ele cada vez mais busca como um tesouro a ser revelado. A dinâmica dessa revelação lhe permite, que o espirito continue soprando sem transformá-lo apenas em um vazio religioso. É muito fácil viver uma irreligiosidade totalmente desprovida de espirito, sem se renovar cotidianamente com uma consciência, que deve ser cada vez mais iluminada e não inserida em uma torre de babel.

Uma consciência rica de religiosidade e realmente cristã é aquela, que se assume espiritualmente para a condição de um compromisso, que deve ser cada vez mais renovador. A religião não é garantia de verdade, se ela não estiver imbuída de religiosidade, que proporciona a condição de viver em sua inteireza a espiritualidade.

O significado fácil da torre de babel com o seu sentido material construído de pura vaidade e hoje visto em altares luxuosos e em igrejas igualmente construídas na ostentação para a satisfação de muitos religiosos, ali se encontra de fato é a feiura pelo vazio do espirito e não a verdadeira religiosidade.

Aquele que já consegue tirar foto do vórtice, já consegue também em processo de interiorização ao nível do mental sutil e utilizando da quinta camada de seu corpo bioenergético (aura), adentrar e interagir com mundos paralelos mais sutis e mais divinos, podendo às vezes até mostrá-los fotograficamente na realidade física. As duas fotos são de um mesmo local, que foi fotografado praticamente no mesmo instante. A primeira fotografia à esquerda, já em um processo mental de interação, mostra um “túnel” na configuração de uma “espiral”, que acompanha e sobrepõe o leito de pedra de um córrego, enquanto a da direita, sem esse processo de interação mental, mostra a paisagem como ela é – Fotos de Antônio Carlos Tanure.

O verdadeiro cristão deve se voltar ao despojamento das catacumbas, para que nele o outro acredite ao escutá-lo, quando menciona Jesus Cristo e não fique voltado apenas para beleza arquitetônica das catedrais, que é para a admiração dos olhos, mas não é necessariamente própria para a intimidade, para se interiorizar e perceber em espirito a verdade cristã. Jesus mais vezes comunicou-se com aqueles que o seguiam em locais junto à natureza com a sua beleza natural, sem ostentação.

O espirito é que permite a religiosidade comunique uns com os outros pela fé, por um desejo profundo que os impele renovar suas vidas a cada dia em busca de uma consciência iluminada. A vida espiritual pode até ter uma repercussão em ambiente das catedrais, mas a vida espiritual é construída mais em ambiente humilde e de intimidade próprias das catacumbas, como um melhor ambiente para se voltar para dentro sem a influência dispersiva dos sentidos e assim, comunicar-se de forma mais límpida com Deus em espirito e verdade – de buscar maior riqueza espiritual.

A riqueza espiritual deve ser buscada na simplicidade desde a infância, vivenciando-a diariamente pela presença do espirito, que renova o ser humano para o sentido do despojamento, para viver realmente a religiosidade como uma necessidade espiritual. O espirito não age nos excessos, não age se não desprende do que não é o essencial.

Aquele que se faz como catedral e não como catacumba, ele vira vaidosamente torre de babel, por se distanciar da espiritualidade que se deve verdadeiramente possuir e perceber melhor o que Deus quer. O que fica apenas no que fisicamente foi construído ou que será construído ao longo da história humana cai em esquecimento. A felicidade da vida em espirito é que permite a história humana fique de pé, porque se faz como uma ponte com Deus. A espiritualização através da interiorização é facilitadora para uma percepção maior e melhor de Deus.

Naquele que não existe amor e caridade, mas disputas, invejas e ciúmes odiosos que expõem os semelhantes às atitudes mesquinhas, Deus não é capaz de falar com ele, portanto não é capaz também de falar com os outros através dele, contribuindo nocivamente para que legiões de ateus cresçam ainda mais. Aquele que vive a religião sem espiritualidade, contribui para formação de ateus, que percebem em sua hipocrisia e incoerência o não viver de fato, o que pelo seu conhecimento já deveria espiritualmente vivenciar.

Aquele que proporciona a sua abertura d’alma, possibilita Deus cada vez mais transformá-lo e através dele transformar o mundo, reformar a face da Terra. Aquele que se diz religioso, mas não mostra nenhuma religiosidade, ele se deixou aprisionar à torre de babel, não permitiu existir espaço em seu coração à renovação.

O verdadeiro cristão deve jogar por terra a sua torre de babel, reestruturando-se, para permitir que o espirito aja no mais profundo de sua alma, livrando-lhe de tudo que possa ser um obstáculo dessa ação.

O funil está cada vez mais estreito. O mundo está cada vez mais exigente e se o cristão não souber viver o seu dia a dia o desafio de retornar às origens, ele até mesmo em sua condição humana não sobreviverá.

Os cristãos devem se mostrar espiritualmente procedendo como unidade, mostrando-se com um rosto de identidade cristã. Mostrando-se ao mundo sua transformação e com ela que o espirito está também renovando a face da Terra, como o papa Francisco vem fazendo, tocando sem pudor nas feridas seculares da própria religião católica. Tocando no que ainda não está espiritualizado, tocando nos corações desses religiosos, para que saiam da condição de apenas pertencerem uma instituição religiosa e vivam realmente o sentido maior do amor. Vivam o sentido maior de amar os pobres e os miseráveis, estendendo seus braços para esses e também para todos os demais que precisam, como Jesus dizia e fazia.

Possam ainda espiritualizar os locais mais inusitados e mais desafiadores, que a religiosidade em Cristo visivelmente construída em seu início na intimidade das catacumbas, permita o espirito se mostrar e renovar a face da Terra através da linguagem e da ação do coração vivificado, que realmente dá sustento à vida.

6 – Buscando-se a auto iluminação, exercitando-se mente e coração

O ser humano precisa conservar a tranquilidade, estar concentrado, ficar atento a tudo em sua volta e avançar em sua espiritualidade, para que tenha mais presente a percepção de Deus. Ele deve gerar sentimento de confiança, mostrando-se ser exemplo de coerência em seu eixo de vida, para que possa criar pontes próprias de aproximação com todos e principalmente com aqueles que são dele diferentes.

Ele deve se cobrar nas estancias particulares de sua vida, prestar atenção nas escolhas que faz, fortalecer-se e não se enfraquecer. O cristão principalmente deve antes de tudo ter como modelo Jesus, procedendo de acordo com as ações conhecidas de sua vida pública, quando legou à humanidade novos procedimentos mesmo quando teve que enfrentar desconfortos e a crueldade extrema, mas nunca sem se deixar de amar.

Pelo coração é que o cristão deve sobretudo agir. Percepção clara através da parábola do filho prodigo, que sofreu muito pelo caminho, descendo ao mais profundo da miséria humana e mesmo assim foi em sua volta amorosamente recebido pelo seu pai, sem se importar com a ingratidão do filho.

Pela mente e sobretudo pelo coração o ser humano deve agir, para que possa literalmente se iluminar e andar sem tropeços pelo verdadeiro caminho – Imagem da Internet

Por mais simples que seja um lar, deve-se ali conviver dignamente, procurar amar e se proteger da sedução cruel do mundo, para que não se transformem em mendigos dos verdadeiros valores espirituais.

O cristão deve desenvolver toda a sua capacidade de amar o outro. De amá-lo como precisa ser amado, para ajuda-lo recordar de sua verdadeira realidade espiritual. A verdadeira amizade é para isso, é para valorizar no outro em tudo, que se perceba na dimensão de Cristo, principalmente hoje uma sociedade cada vez mais desrespeitosa com a dignidade humana.

Os seres humanos estão esquecidos quem realmente são, amando não verdadeiramente, mas julgando-se amar movidos por paixões e por interesses diversos. Conduzem-se como robôs, esquecendo-se de escolher o que é de fato o melhor, entorpecidos muitas vezes por todos os tipos de drogas, legalmente aceitas ou não.

O verdadeiro cristão ama, mas também se indigna, quando vê um semelhante correto, mas em situação incorreta. Quando vê um semelhante certo, bom e justo ocupando lugares errados por se deixar dominar por vícios, como o do inferno do álcool ou de qualquer outro tipo de drogas, muitas vezes estimulado por outros que dizem ser dele amigos. Esses são de fato companheiros de um mesmo gueto de destruição, são falsos amigos, que já não têm mais noção dessa falsidade, na medida que juntos vão se destruindo. Na sarjeta da vida esses olham para baixo, sem mais condição de olharem para o alto, sem mais condição de se conduzirem, de se voltarem realmente para o que são.

O cristão deve se acautelar para não cair em outras formas de sarjetas, que não se mostram de forma concreta, como a que nela cai literalmente um alcoólatra. Deve se cuidar para não cair na sarjeta dos sentimentos estragados das opressões afetivas pela ausência de amor, que o fazendo fraco, tira-lhe a condição de se mostrar erguido em sua condição realmente cristã e de dimensão profética.

A ingestão constante do álcool, mais que as drogas ilegais por ser socialmente aceito até mesmo dentro de contextos festivo-religiosos, desvia o ser humano de vivenciar e de alcançar a real dimensão de Cristo. Dimensão profética que o cristão deve alardear, para vivenciar essa dimensão de luz e de verdade, que não mais o deixará esquecer no fundo de sua alma, quem realmente é.

Na hipocrisia e na incoerência para a ingestão do álcool chega-se até patrocinar esportes. Incoerência pelo próprio sentido desses patrocínios que está a serviço do vício e não do saudável e que o cristão deve percebê-la ainda mais em sua raiz, pelo mal que essa ingestão especialmente lhe proporciona. Hipocrisia também é a de existir na principal sala de muitas casas barzinho entupido de garrafas de bebidas alcoólicas, com a desculpa quase sempre de estar ali apenas para enfeite, mas na verdade é um constante convite ao se embebedar.

Ingerir bebida alcoólica sobriamente e de vez enquanto não faz mal, mas quando o álcool entra paulatinamente e se torna constante na vida do ser humano, esse já não terá mais controle sobre ele, porque já terá atravessando a porteira em direção à sarjeta. Ele já acendeu a fogueira infernal, que dificilmente terá condições de apaga-la. Fogueira alimentada por inescrupulosos e escravos do dinheiro que vendem não só bebidas como também cigarros e ainda traficam drogas, que estão pelo caminhos da vida, arrancando a dignidade dos seres humanos.

Ser religioso, mas não ser espiritualmente pela religiosidade, não é garantia real de viver positivamente, de viver e de se mostrar na dimensão de Cristo, que nela se mostram muitas vezes os que se dizem ateus, mas através de suas ações, de seus discursos humanitários e de suas reflexões ajudam pessoas necessitadas, desabrigadas que estão vivendo sem dignidade.

Aquele que profetiza o Cristo em sua dimensão divina, não pode ficar calado e deve ajudar na paralização do poder maléfico, egoístico e destruidor da dignidade humana, mesmo que não pertença nenhuma religião. Religiosos como figueiras que não dão frutos, por não alcançam a dimensão de Cristo, enquanto muitos ateus pelas suas ações de humanidade e pelos valores humanos que sustentam já a alcançaram, mesmo sem ter consciência dela.

Conquistar valores humanos nunca foi tão necessário nesse momento, quando valores da família são tão necessários para o resgaste de valores mais amplos de uma nação. Mas, o regaste desses valores deve-se inicialmente ser feito ao nível individual, com cada um fazendo o seu, para que no final o resgate da dignidade de um povo se mostre finalmente no coletivo.

São muitas as sarjetas da vida, que aqueles que procuram viver na dimensão de Cristo, não devem nelas cair. Devem viver com disciplina, mas também sem se deixar de viver com alegria pura o seu dia a dia, de vivê-la de maneira saudável sem posturas excessivamente rígidas e esquisitas. Os verdadeiros cristãos devem ter uma vida normal de um ser humano, com sorriso nos lábios e brilho no olhar. O mundo precisa disso, de seres humanos cristãos ou não que compadeçam do sofrimento do próximo, ajudando-o perceber que é bom, ter atitudes corretas e que deve viver em lugares certos.

Fotografias da aura externa -Todos os seres humanos expressam essa sua realidade de maneira constante através de seus corpos bioenergéticos (auras), que envolvem seus corpos físicos como luz/cor que irradiam de suas mentes e de seus corações e que os integram aos mundos paralelos não visíveis, mais sutis e mais divinos – Fotos de Antônio Carlos Tanure.

No verdadeiro cristianismo não cabe a vaidade espiritual de se achar melhor do que o outro. Nele não se estabelece diferenças, porque não é mensurável. O olhar de Cristo através de Jesus é o mesmo para todos e também o seu amor que não possui contradições. O amor de Jesus é fraterno sem hipocrisia religiosa de uma enganosa fé, que não enxerga a caridade e não sinaliza o caminhar certo de um verdadeiro cristão, que ama e é amado.

O verdadeiro cristianismo não está também nos excessos e nas aparências, mas nas ações que permitem todos cristãos ou não estarem frente a frente com o Cristo não físico, mas que está fortemente presente e sentido em seus corações. Aquele que é cristão ou não, quando escolhe a caridade e a justiça buscando a dignidade humana, ele não erra, porque move-se pelo amor.

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