Postado por Antônio Carlos Tanure
Ser de Órius/Órion
Relato de Contato na Fazenda Boa Sorte em 08/06/2007
De Alexandre Rampazzo (valexramp@terra.com.br) – Julho/2007
Fui o primeiro a ser deixado no meu ponto, por volta das 19h30, pelo que me lembro. As instruções que recebi do Mediador foram a de marcar uma árvore como minha referência e que eu teria uma área 10m ao redor para caminhar e que poderia conversar, dialogar normalmente, mesmo que não houvessem evidências físicas. Não havia tempo pré-determinado. A interação poderia se estender por uma, duas, três ou quatro horas. O sinal de início seria a buzina da camionete, bem como o sinal de término. Cumprimentamo-nos e eu disse: “vou fazer o que tem de ser feito”.
Enquanto a camionete se deslocava ao longe nas Terras de Ashtar, cerca de 1 a 2 km de estrada para cada participante (cerca de 500m em linha reta, segundo um dos integrantes do grupo de contato), aproveitei para fazer uma vistoria na área munido de lanterna. Deixei um banquinho de camping como marcador do local e dei dez passos adiante, e voltando sucessivamente, dez passos para a direção oposta, dez passos para a direita e dez para a esquerda. Familiarizado com o local, apaguei a lanterna e pedi que as energias presentes harmonizassem meu estado emocional, sentei-me e aguardei o sinal da buzina, o que aconteceu perto de 20h.
Não se passaram cinco minutos, na minha lembrança pareceu algo instantâneo, comecei a divisar uma parede de Névoa, acerca de uns 30m de distância. A área não era de mato fechado, mas uma vegetação que alternava árvores a cada 5 metros de distância uma das outras, arbustos a cada metro de distância e tufos de grama ou vegetação rasteira cobrindo a maior parte dos espaços restantes. O que dava este espaço de 30m como sendo o meu horizonte de visão, no que diz respeito ao vulto das árvores que se juntavam num mesmo negrume, onde se formou a parede de Névoa, com aproximadamente três metros de altura.
Pelo sincronismo do aparecimento da Névoa com o sinal de início do tempo (buzina), vi aquela manifestação como uma interação com a quarta dimensão. Lembrei-me no momento também que autores como Carlos Castaneda destacam a Névoa como um fenômeno que pode funcionar como um Portal entre realidades dimensionais. Percebi um movimento da Névoa que, rasteiramente, com uns 20cm de altura estendeu-se e atingiu uma distância de 20m, mantendo a parede de névoa ao fundo. Lembrei-me, que no Contato com as 49 Raças que teve o dimensional de polaridade positiva que iniciou o trabalho vibratório com as “Placas Plasmadas”, ele também relatou ter sido rodeado previamente por um ambiente de Névoa. Tal lembrança me deixou bastante tranqüilo com a situação (pois havia um quê de normalidade, de repetição de um padrão) e também bastante confiante.
Intui que deveria conversar com a Névoa, e pedi que a Névoa se aproximasse. A Névoa foi se aproximando, passou por 10m, 5m, sempre a uma altura de 20cm do solo, 3m, 2m, enquanto eu ia mantendo minha expressão verbal, pedindo a aproximação e ao mesmo tempo estabilidade emocional e energética. De repente, estava a cerca de 1m, 20cm, e quando olhei em volta eu estava rodeado de Névoa por todos os lados. Este processo da aproximação da Névoa levou entre 10 e 20 minutos.
Como se passaram cerca de três minutos sem que nada mais acontecesse, lembrei-me das instruções do Mediador que teria 10 metros para caminhar ao redor. Tendo no momento a noção de que deveria respeitar estritamente as instruções (lembrei-me da história contada pelo dimensional que acessou a “Sétima Placa” de certa vez ter contrariado a orientação do Mediador de não sair de determinado ponto e ter sido salvo de cair num desfiladeiro por uma “voz” que o chamou de volta). Avisei para a Névoa que estaria adentrando dentro do limite previamente estabelecido e ingressei 10 passos adiante na Névoa.
Tão logo terminei o décimo passo, fiz algumas perguntas, mas sem ter respostas fortes. Ouvi então o som de quatro ou cinco pedras caindo, pelo barulho estimo de dois a três quilos cada, caindo uma após outra, em seqüência, fazendo um semi-círculo da minha direita para minha esquerda, acerca de 10m adiante. Pensei que isto era um excelente sinal e que o contato havia começado, pois que a chuva de pedras já é um sinal consagrado de início de contato nos trabalhos desenvolvidos.
Ouvi então um som vindo ligeiramente da minha direita, no centro de um arbusto de cerca de 2 metros de diâmetro. Entendi como sendo uma frase em idioma Extra, algo pronunciado, bem rapidamente, com duração de 1s toda ela, como:
– Guruguruu-gruogruou.
Não havia um ser visível no meio do arbusto, apenas a leve Névoa, um esfumaçado que tudo cobria ao redor. Respondi dizendo meu nome e sobrenome e a cidade de origem. Ouvi o vazio retrucar com um som mais curto de duas sílabas. Lembrei do documentário Ônibus 147, onde o policial adota um codinome para o seqüestrador a fim de iniciar uma conversação. Perguntei se tal som era o nome do Ser, e no rápido silêncio, emendei e perguntei “posso te chamar deste nome?”, pronunciei o nome. Eis que veio a resposta:
– “Sih”.
Perguntei: “Sih é sim, posso considerar isto como um Sim?”. E a resposta veio bem clara, com o som envolvido num leve efeito de reverberação, como foi ao longo de toda a conversa, que durou cerca de 5 minutos:
– “Sim”.
O Sim era claro, com um sotaque que pode ser reproduzido fechando-se os lábios rapidamente ao final do Sim. Como pronunciado por alguns portugueses. Diferente do nosso Sim, nasalizado que termina como se pronunciássemos um ene, “Sin”, e não o eme propriamente. Em algum momento, não lembro qual foi a pergunta, acho perguntei se ele era um Toth, e a resposta foi:
– Nah.
Fazendo sempre este movimento de fechar os lábios rapidamente ao final, pode-se reproduzir mais adequadamente as palavras ditas, quase como se houvesse um pê mudo ao final de cada uma. Então perguntei: “Nah é não, posso entender isto como Não?”.
– “Sim”.
A resposta do sim veio na mesma pronúncia anterior, mas em um tom pouco mais agudo/alto, como estivesse expressando aprovação e que estávamos progredindo. Acho que em seguida perguntei se ele era um Laqüim, e a resposta do Não foi bem mais próxima, como se ele tivesse copiado minha pronúncia:
– “Nau”
As respostas eram pronunciadas rapidamente. E eu iniciava novas perguntas sem demora e sempre me referindo ao codinome do meu interlocutor. Mas percebi que estava reproduzindo um padrão de perguntas que só podem ter como resposta o Sim e o Não, provavelmente pela prática cotidiana da conversa intuitiva codificada desta forma, e pelo contato pretérito que havia tido com “pedras que caem”, cuja codificação de comunicação foi inspirada em um outro dimensional que adotou anteriormente o código binário de Sim e Não neste tipo de contato. Sem tentar mais adivinhar, e entendendo ser necessário superar aquele padrão, arrisquei, “de onde você é?”. A resposta que se seguiu para mim foi surpreendente e selou a sensação de que aquilo era realmente um contato verbal.
– “Orius”.
Retruquei, mas de certa forma voltando ao antigo padrão de perguntas, que pela força do hábito perdurou na maior parte da conversa. “Você é de Órión?” (Não pensei, por exemplo, que poderia ter pedido apenas para ele repetir a palavra).
– (som que não entendi e não me lembro o suficiente para reproduzir).
Bem ficou a frase no ar, sem que eu entendesse direito, pois ele podia estar dando o nome da estrela e não da Constelação, ou dando outra informação adicional. Insisti com a mesma pergunta, “se ele era de Orion”, esperando um Sim ou um Não, e resposta veio.
– “Sim”.
Senti uma certa confusão nesta passagem, como se ele tivesse tido o interesse de esclarecer algo, detalhar, mas que ficou só como “Órion” mesmo. Talvez seja uma questão de pronúncia, onde ele tenha usado a pronuncia egípcia, “Hórus”, no lugar da grega “Órion”. De qualquer modo, veio à minha mente a imagem da pirâmide de Gizeh, no Egito, e a expressão “O Olho de Hórus”. Em diante, fiz quatro ou cinco perguntas pedindo esclarecimentos sobre um assunto de caráter pessoal e indiretamente relacionado com a missão. O padrão de respostas, sim ou não prevaleceu, bem como uma palavra Extra que não entendi. Não houve, portanto, a pronúncia de frases completas durante a conversação, mas de algumas palavras isoladas, além do “sim” e “não”.
Perguntei, não me lembro se foi exatamente neste momento, se poderia avançar mais. Ele respondeu:
– “Sim”.
Avisei que iria avançar cinco passos. E avancei cinco passos. Perguntei se poderia avançar mais. E a resposta foi:
– “Direita”.
Perguntei se era para caminhar para a direita.
– “Sim”.
Fui caminhando lentamente para a direita, sem ter combinado o número de passos, quando fui interrompido por um:
– “Pare”.
Perguntei se era para ficar parado.
– “Sim”
Perguntei se ele podia me ativar.
– “Sim”
Como houve um silêncio, perguntei se ele já estava me ativando.
– “Sim”.
Não senti nada de diferente. Perguntei se poderia continuar a me mover.
– “Nau”.
Perguntei se poderia continuar a fazer perguntas durante a ativação.
– “Sim”.
Perguntei, lembrando de uma informação lida num cartaz colado antigamente no refeitório, com fotos dos Seres, se “Os Seres de Órion são cientistas?”. E a resposta, que também me surpreendeu, por ser uma informação que considero de primeira mão:
– “Todos”.
Perguntei se já havíamos estado juntos antes.
– “Sim”.
Fiquei em dúvida se o “antes” subentendido na resposta tinha o mesmo sentido do “antes” da minha pergunta, que se relacionava a passagens em Órion. Pois poderia ser também passagens na Terra, ou mesmo antes nesta vida mesmo, durante a infância. Não me conscientizei exatamente desta dúvida para formular as perguntas de esclarecimento. De modo que perguntei ainda “Se ele estava sozinho?” Como houve um breve silêncio, perguntei logo “Quantos seres estão presentes?”.
– “Quatro”.
Senti que fiquei em dúvida sobre as próximas perguntas a formular, o que pode ter contribuído para “desligar” a nossa conexão, pois havia maiores intervalos de silêncio sem nenhuma manifestação. Ouvi uma pedra caindo, o que poderia ter significado o fim do contato, mas fiz ainda uma pergunta que não lembro, e recebi um Sim, mas depois não consegui nova resposta. Consolou-me o pensamento de que eles estariam visitando agora meus quatro colegas de grupo, e de que eu já havia tido o meu quinhão de contato para aquela noite. Era em torno de 20h45.
Outras interações de menor relevância se seguiram. O contato foi encerrado com o som da buzina, às 22h. Entre as interações ocorridas tem-se até uma de caráter anedótico, com um vaca e seu novilho, mas que podem aguardar outro espaço para registro.