Postado por Antônio Carlos Tanure
Sons Harmônicos – Canto Sagrado das Amazonas
De Virginia Bernardes (vigb2012@yahoo.com.br)- Abril/2006
Um caminho alquímico – Parte I
Escute no player, na voz de Virginia Bernardes acompanhada por um tamboura, uma invocação em irdin que significa disponibilidade/oferta para a interação total com o Eu Superior.
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Som e Luz são nessa ordem os primeiros fenômenos da Metáfora da Criação Divina. “No princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus”…. (João1,1). Ou como está nos Vedas: “No princípio havia Brahman, com quem havia o verbo”. Deus era Uno com seu Verbo. E, o Verbo Divino soou: “Haja luz e a luz se fez”. Do mesmo modo, o deus egípcio Toth pronunciava o nome de um objeto e assim o dava existência. Podemos dizer então que em essência e primordialmente todos somos som e luz. Todos somos filhos e filhas do Verbo Divino, filhos e filhas das Freqüências Vibracionais (Som) da Voz de Deus.
Experimentemos fechar nossos olhos e ouvir todos os sons que permeiam agora o nosso ambiente. Nós veremos que estamos imersos num oceano sonoro. Há toda espécie de sons em nossa volta. Escolhemos ouvir os que mais nos agradam. Dentre esses, escolhemos um, o que acharmos o mais bonito. Aprofundemos nossa escuta e vejamos porque o escolhemos. Tentemos dá-lo atributos e qualidades. Parece-nos “doce” ou “brilhante”? Ele é “liso” ou algo que nos lembra uma superfície áspera? Dá a impressão de ser “magrinho”, “gordo” ou mais “redondo”? Parece-nos afinado ou desafinado? Todas estas características são dadas ao som pelos harmônicos que o compõem.
Os harmônicos ou hipertons são os componentes ou freqüências internas de qualquer som que ouvimos ou produzimos. A nossa voz, os sons dos instrumentos musicais e os sons da natureza, dos animais e, tudo enfim, que ouvimos possui harmônicos. Assim como a luz natural é composta pelas cores do que chamamos de Arco Íris, toda vez que um som é produzido, se deflagra uma Série Harmônica que não é comumente percebida, mas, que existe. São os “sons dentro dos sons”. Cada som possui uma freqüência própria e isso define a sua altura. Assim, por exemplo, dependendo do sistema de afinação, a nota Dó 3 que se encontra no meio do teclado de um piano, tem a freqüência de 252 hertz (hz) por segundo. Seu primeiro harmônico (Dó 4) tem a freqüência de 512 hz/s, o seu segundo (Sol 4) vibra a 756 hz/s e assim, por diante. Isto que dizer que cada harmônico da série tem uma freqüência proporcional ao som gerador e que cada vez é mais alta a sua vibração.
Na terceira dimensão um som é tão mais bonito quanto mais harmônicos ele tiver. Por isso, dizemos que o som da voz de alguém ou o timbre de tal instrumento é doce, angelical, encantador, ou ao contrário, podemos perceber sons que são “opacos” e “descoloridos”. No nível material a quantidade e a qualidade dos harmônicos conferem qualidades como beleza, colorido, opulência e brilho aos sons, que produzimos e ouvimos.
Hoje em dia pesquisadores, cientistas, terapeutas e músicos têm se dedicado ao estudo do som e da música como ferramenta de cura. Descobriu-se que formas geométricas perfeitas (mandalas) são criadas quando materiais flexíveis e moldáveis como farinhas, areia, limalha de ferro e água são submetidos ao som. Descobriu-se pela ressonância magnética, que o cérebro e as freqüências das ondas cerebrais podem também ser alterados pelos hipertons.
Mas, quando se trata de energia, evolução, cura e transmutação, é que os sons harmônicos manifestam sua real importância.
Povos antigos como os Maias, os xamâs de várias culturas ancestrais, os monges tibetanos, os sacerdotes do antigo Egito e, até os gregos, mais precisamente Pitágoras e toda sua escola sabiam do poder do som, principalmente dos seus harmônicos. Eles os usavam para harmonizar lugares, gerar luz em lugares absolutamente escuros, curar pessoas, fazer ascender e transmutar energias e abrir portais dimensionais, dentre outras coisas.
Esses conhecimentos foram trazidos ao planeta Terra pelas Amazonas, que encantavam todos com o som de sua voz. Elas detinham esse conhecimento e o praticavam na alquimia e na transmutação energética. A palavra encantar vem do latim incantare, que quer dizer cantar ou entoar palavras ou sons mágicos.
Com o fim da Era das Sacerdotisas, esses conhecimentos ficaram confinados em algumas linhas de conhecimento esotérico, que os mantiveram ocultos e preservados até agora, quando nesse momento da Transição Planetária começaram de novo a aflorar.
A voz humana é um instrumento maravilhoso. É possível explicar através dela os sons harmônicos, isto é, tornar audíveis essas outras freqüências que “vibram dentro” do som, que cantamos. Cantar harmônicos (hipertonar) cria uma ponte entre os sons ahata (o som físico, manifestado), e os sons anahata (som divino, angelical, não físico). Ao hipertonarmos, conseguimos abrir portais entre as dimensões e interagir com os seres destes planos de realidade.
Edgard Cayce, o profeta adormecido, previu que a medicina do futuro seria vibracional e que o som seria uma de suas principais ferramentas. Parece que tal profecia está se concretizando, porque pela ressonância dos harmônicos, torna-se possível reconhecer, ajustar ou mesmo alterar a freqüência sonora (nota musical) de qualquer ser senciente, de uma planta, de um animal, de um órgão do nosso corpo e mesmo da nossa própria freqüência pessoal. Isto nos permite rastrear prováveis disfunções ou doenças do nosso corpo físico, alinhar as energias dos nossos chacras, restaurar a nossa aura e ativar a nossa Energia da Kundalini.
Podemos também harmonizar ou ajustar as nossas freqüências em relação ao ambiente em que estamos, para que possamos interagir com as energias presentes ou criar uma vibração mais elevada e assim nos protegermos de influências nocivas.
Os cristais de quartzo (dependendo de sua lapidação) interagem com os hipertons amplificando seu som e potencializando suas (dos cristais) características energéticas.
Quando ressoamos em grupo a experiência com os harmônicos é expandida ao infinito. Interações entre os milhares de harmônicos produzidos pelas vozes do grupo vão se fazendo e novos sons resultantes são criados no espaço, dando ensejo às melodias celestiais nunca antes ouvidas. Formam-se verdadeiras “mandalas sonoras”, que aceleram nossa energia e que nos permitem contatar outros planos de realidade muito mais elevados. Na verdade esta experiência é impar, é indescritível.
Qualquer pessoa pode aprender a hipertonar, desde que tenha vontade e determinação. Não são necessários talento e conhecimentos musicais ou uma voz maviosa. Os harmônicos habitam/vibram nos sons que produzimos vocalmente; já fazem parte de nós. Fazê-los soar, é uma questão de aprendizado, técnica, exercício e perseverança.
O legado das Sacerdotisas está aflorando novamente. Não é por acaso, que esse saber milenar recluso no seio das mais antigas tradições ressurge nesse momento, após éons de esquecimento. Somos todos autoconvocados e estamos vivendo num tempo especialíssimo. Portanto, temos que vivenciá-lo ao máximo.
Hoje já sabemos que a energia sonora como toda Energia Divina é Autoconsciente e, portanto, podemos interagir com Ela, intencionando, visualizando e direcionando o nosso desejo, de modo que a vontade do nosso Eu Superior se cumpra.
Alinhados com nosso Cristo Interno, cabe-nos a tarefa de trabalharmos a nossa energia e dinamizarmos os nossos potenciais. Juntos, irmanados, cantaremos as canções do Amor Divino, Aquele que é Incondicional para todos e por todos.
Um caminho alquímico – Parte II
A ondas sonoras têm um valor que via de regra não percebemos, ou não estamos de alguma forma atentos à essa questão, não importa se na forma de fala, canto, música ou dos vários sons que compõem o nosso cotidiano. Isso quer dizer que tudo o que falamos, o que cantamos ou os sons e a música que ouvimos, têm em si, uma dimensão energética.
Essa energia pode ser bem ou mal qualificada. Palavras são os sons dos pensamentos, todas elas têm sua identidade, sua própria egrégora.
Experimentemos ver em nós os diferentes sentimentos que nos causam as palavras: Dor. Corrupção. Injustiça. Ou então, Alegria, compaixão, Amor.
São sentimentos diferentes, têm qualidades diversas, nos impactam de variadas formas. A egrégora de cada uma se manifesta quando as pensamos e mais ainda quando as falamos.
Da mesma forma, a música e os vários sons aos quais nos submetemos diariamente produzem efeitos diversos. O que dizer de ouvirmos uma música cujos sons são produzidos por instrumentos ou vozes com timbres que não ferem nossos ouvidos, ao contrário, os acaricia com seu “calor”, “brilho” ou “textura sedosa”? Ou então, experimentarmos a estridência, ou a excessiva intensidade dos sons que estão presentes em muitas das músicas ou dos sons que ouvimos durante o dia? São experiências diferentes e qualificadas pelas diferentes egrégoras que mobilizam.
Experimentemos agora nos imaginar num show de Heavy Metal ou de Funk, ou ainda, presos num congestionamento de trânsito e mergulhados nos sons de buzinas, e depois, num concerto de música clássica, ou mesmo na natureza, ao lado de um riacho ouvindo o som da água e dos pássaros.
À esquerda – molécula de água exposta à energia do som da Ária para corda em Sol de Bach.
À direita – a mesma molécula de água exposta ao som de um Rock Heavy Metal.
Geralmente não nos damos conta disso, mas sem dúvidas sentimos seus efeitos – excitação exacerbada, cansaço, irritação, nos primeiros; prazer, elevação e sentimento de inclusão e pertencimento ao Todo nos segundos.
Já dissemos, o som, muito mais do que pensamos ou sabemos, pode nos afetar, (des)organizando ou mesmo adoecendo ou sanando.
As fotos abaixo, são parte integrante do experimento do Dr, Massaru Emoto, cientista japonês, que fotografou moléculas de água em diversas situações nas quais o som teve participação e influência decisiva. As palavras foram proferidas e as musicas tocadas em laboratório onde existiam recipientes com água que depois de congelada foi depois fotografada por câmaras de última geração com lentes super potentes.
À esquerda – amor e admiração.
À direita – pastorais de Bethoven.
À esquerda – molécula de água exposta ao som de “Uma ameaça de morte”.
À direita – molécula de água exposta ao som da “Voz de Adolph Hitler”.
O nosso planeta é chamado “Azul” porque “lá de cima” dá para se ver toda a água que existe “aqui embaixo”. Se nos dermos conta de que também somos formados de 75% de água, poderemos aquilatar a importância da experiência do Dr Emoto.
Segundo Wayne Dyer, “Nós não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual. Nós somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”.
Se o nosso corpo físico é praticamente constituído de água – o veículo da emoção – isso nos leva a pensar que se o mantivermos limpo, com a mente e as emoções equilibradas, ou seja, o mais próximo do que era em sua origem, poderemos vivenciar essa experiência espiritual/humana de uma forma muito mais proveitosa.
Molécula de água na nascente.
Se o som pode determinar a qualidade das moléculas da água, pode também ser uma ferramenta valiosa para nos levar ao reencontro da nossa harmonia de origem, se assim os desejarmos. Tal como a molécula da foto acima, podemos retornar à nossa nascente límpida e divina.
Qual molécula que queremos dentro de nós?
A da esquerda – a molécula dos bons sentimentos,
Ou a da direita – a molécula dos sentimentos poluídos?
Se agirmos com amor, verdade, retidão, paz e benevolência, conseguiremos reestruturar nossas vidas, dando-lhes felicidade, saúde e beleza interior!